“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam” (Mateus 13,47-48).
No Evangelho de hoje, Jesus continua a nos ensinar, por meio de parábolas, sobre os acontecimentos dos fins dos tempos. Nessa parábola, Jesus compara o Reino dos Céus como uma rede que é lançada ao mar; essa rede que captura todo tipo de peixes, os bons e os ruins. Ou seja, quando a rede é lançada não faz distinção entre peixes bons e ruins, mas ela captura todos os que são alcançados por ela. E desse modo também é a salvação oferecida por Deus em Jesus Cristo. A salvação de Deus é como essa rede que quer apanhar a todos sem distinção, quer alcançar a todos.
Deus, em Sua infinita misericórdia, oferece a Sua salvação a todos. E inúmeras são as tentativas de salvação; a rede representa justamente as infinitas oportunidades que, ao longo de nossa vida, Deus nos dá para sermos resgatados.
O Senhor nos chama independentemente de quem somos e do que nós fizemos até hoje. Porém, a diferença está na resposta que cada um dá a esse chamado. O Senhor nos resgata e nos oferece uma oportunidade de mudança, de conversão, de nos tornarmos bons, oferece-nos essa chance de sermos bons. E essa atitude cabe unicamente a nós.
É preciso sim ser apanhado pela rede do Senhor, mas também é preciso deixar-se ser transformado pela Sua graça
Dentro do nosso livre arbítrio, precisamos deixar com que a graça de Deus transforme a nossa vida para nos tornarmos bons. Precisamos deixar que a graça de Deus transforme o nosso coração e as nossas atitudes.
E estar na rede do Senhor nem sempre é sinônimo de salvação porque podemos até estar dentro da Igreja, podemos ser pessoas participativas, atuantes e, ao mesmo tempo, permanecer com o coração fechado, rancoroso, sem misericórdia, sem a vivência do perdão, da bondade e da caridade.
É preciso sim ser apanhado pela rede do Senhor, mas também é preciso deixar-se ser transformado pela Sua graça. É a graça de Deus que nos torna bons. Porque aqueles que permanecem na Igreja e (não deixam a graça de Deus transformar a vida deles, mesmo estando dentro da Igreja, mesmo tendo sido ali apanhado pela rede) não mudam de vida e permanecem com o coração fechado e rancoroso, esses são como os peixes que até foram “recolhidos” pela rede, porém, serão lançados fora, pois não terão serventia para o Reino dos Céus.
Somente os bons, somente aqueles que deixaram a misericórdia do Senhor transformar a sua vida é que serão recolhidos no cesto dos peixes bons.
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!