19 Jun 2019

Precisamos ser justos uns para com os outros

Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 6,1).

A primeira verdade que a Palavra de Deus, hoje, provoca em nosso coração é que nós precisamos praticar a justiça, precisamos ser justos. A justiça tem várias extensões, e a nossa primeira justiça é para com Deus. Como precisamos ser justos para com Deus, pois Ele nos ama, Ele é Pai e precisamos retribuir esse amor para com Ele.

A forma de sermos justos para com Deus é amando e adorando-O com nossas orações. Quando, no entanto, formos amar a Deus, sermos justos na nossa relação com Ele, não podemos fazer propaganda nem dizer para todo mundo, ainda mais na era virtual, ainda mais hoje, onde tudo é propagado tão facilmente.

Não podemos entrar na capela ou no nosso quarto para rezar, ligar a nossa câmera e dizer: “Estou rezando”. É uma coisa muito íntima, é a nossa relação com Deus, não precisamos propagar para ninguém nem mesmo para a nossa casa.

Eu procuro a maneira de rezar sem que ninguém veja. Há aqueles que gostam de dizer: “Eu rezo mil Ave-Marias. Eu rezo não sei quantos terços por dia”. Precisamos rezar muito, mais do que imaginamos, mas precisamos fazer isso na gratuidade, porque, senão, a grande quantidade de orações que queremos fazer não têm valor evangélico nenhum, porque queremos ser curtidos, valorizados, aplaudidos, lembrados e exaltados, porque realizamos até a nossa oração.

O meio de sermos justos é exercendo a caridade

Precisamos ser justos uns para com os outros, e o meio de sermos justos é exercendo a caridade. Como precisamos praticar a caridade, cuidar dos pobres, dar esmolas! Mas não façamos propaganda, não façamos como aquele prefeito que não fez mais do que a obrigação criando uma creche, mas tem que colocar a placa maior do que tudo para dizer que ele fez.

As nossas obras de caridade, o nosso amor evangélico e o nosso cuidado não podem ser propagados, mas não podemos deixar de fazer, porque nós não só esquecemos, como não nos aplicamos em sermos justos no mundo tão injusto como o mundo em que estamos, onde muitas pessoas são injustiçadas, passam fome, indigências, necessidades, estão sofrendo em hospitais e em tantas outras coisas. Nós esmorecemos, e, nas pouquíssimas vezes que fazemos algo, queremos propagar.

Precisamos contagiar esse mundo com a caridade. Às vezes, eu faço questão de chamar atenção: “Olha, tem pobres precisando de ajuda!”, jamais propagar aquilo que queremos fazer, mas preciso chamar atenção para o que não estamos fazendo.

Precisamos ser justos e praticar a justiça conosco, precisamos fazer penitência, seja pelo jejum ou por outras obras penitenciais, mas sem plaquinha, “Olha, estou de jejum. Olha, estou me penitenciando”.

Olhe para Deus, para aquilo que você pratica pela sua conversão, pelo seu crescimento interior. Se você faz propaganda, você já perdeu o sentido evangélico de tudo que faz.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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