Não tenha vergonha, receio, medo, não tenha outra meta na sua vida a não ser buscar a santidade, com todas as forças da sua alma, do seu coração e da sua existência!
”Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).
Todo bom filho deseja se parecer com o pai naquilo que este tem de melhor, ou procura, pelo menos, imitá-lo naquilo que ele tem de mais imitável, agradável. Nosso Pai é maravilhoso, perfeito, eterno, santo; e uma vez que o Nosso Deus é santo, a nossa obrigação também é sermos santos, imitarmos e vivermos a santidade de Deus em nossa vida.
Deixe-me dizer uma coisa: santidade não é luxo ou privilégio de alguns homens e mulheres que puderam viver uma santidade num sentido mais radical da palavra, como os santos a quem nós conhecemos e amamos tanto. Santidade é obrigação de todo batizado, de todo homem e de toda mulher que se tornam discípulos (as) de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não existe receita melhor para fazer a vontade de Deus, para viver conforme Deus deseja que vivamos no meio deste mundo, do que buscarmos viver a santidade. Não tenha vergonha, receio, medo, não tenha outra meta na sua vida a não ser buscar a santidade com todas as forças da sua alma, do seu coração e da sua existência! É por isso que Jesus nos dá hoje a direção e o caminho para vivermos a santidade.
O Evangelho de hoje está dizendo: ”Não faça como os antigos que tratavam tudo no olho por olho e dente por dente” (Mt 5, 38). O Senhor nos aconselha a fazer diferente: se alguém lhe dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda (cf. Mt 5, 39 ). Para um bom entendedor fica claro que a vingança não é de Deus, nós não devemos nos vingar pelo mal que as pessoas nos fazem. Nós não somos de tratar mal a quem nos trata mal, nós respondemos com a resposta de Deus para o mal que as pessoas nos fazem. Se nos fazem o mal, nós fazemos o bem a eles; se não nos cumprimentam, nos os cumprimentamos; se olham para nós com uma cara fechada, nós respondemos a eles com um sorriso singelo, discreto, mas verdadeiro.
Além do mais, o discípulo de Jesus não odeia a quem não o quer bem; ele ama o seu próximo, mas ama também os seus inimigos e reza por quem o persegue, ele quer bem a todos! Por isso, aquele que se faz discípulo de Jesus Cristo não cultiva qualquer espécie de mágoa ou quaisquer sentimentos negativos que nos levam a fazer distinção de pessoas. A alguns nós queremos bem, a outros nós não queremos tão bem assim ou até queremos mal. Contudo, alguém vai dizer assim: ”Nossa! Mas eu não tenho sangue de barata! Eu não tenho capacidade para querer fazer bem a quem me faz mal”.
É por isso que recebemos em nós o Sangue de Cristo, o Corpo d’Ele, para nos revestirmos d’Ele e aprendermos as Suas obras de amor e bondade. Não vale a pena retribuir com a mesma moeda, só quem perdoa o seu próximo, só quem sabe amar o seu inimigo, só quem sabe querer bem a quem lhe quer mal é quem se propõe a viver santidade com seriedade!
Que Deus abençoe você!