O cristão não pode se omitir de suas obrigações, o cristão não pode fugir de um momento como este de assumir a sua responsabilidade, de ir às urnas e votar, de cumprir com as suas obrigações e com seus deveres para com a sociedade, de pagar seus impostos e suas taxas.
“Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mateus 17, 27).
Jesus fala dos Seus sofrimentos, daquilo que os homens vão realizar contra Ele, como O matarão, como O perseguirão; e o mais importante: o Seu triunfo final, a Sua vitória sobre a morte. Os cobradores de impostos do Templo questionaram Pedro: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” E Pedro, por medo, respondeu: “Sim, paga” (Mateus 17, 24). Por isso ele [Pedro] questiona Jesus se é justo ou não os pagar. É como se o Senhor dissesse ao apóstolo: os impostos, Pedro, são cobrados pelos estranhos, não pelos filhos. Mas para não escandalizar essa gente, vá ao mar, vá à divina providência, vá até a natureza, vá à vida, vá aonde você trabalhou toda a vida pescando e tire de lá o imposto a ser pago para o Templo.
Deixe-me dizer uma coisa a você: pode parecer difícil, para muitos de nós, cumprir certos deveres e certas obrigações que o Estado nos impõe com os impostos e os tributos que devemos pagar. E aqui não queremos fazer uma avaliação técnico-jurídica, e muito menos política ou econômica, se estes são justos ou não. É óbvio que há muitos impostos injustos, sobretudo quando sabemos que há desvios de verbas, as quais não são aplicadas onde deveriam ser aplicadas. Mas isso não isenta nenhum cristão, nenhum homem e nenhuma mulher, de cumprir os seus deveres para com o Estado. E é mais escandaloso, segundo Jesus, nós cristãos fugirmos de cumprir as nossas obrigações. Pague a quem você deve, não é justo pegar dinheiro emprestado e não pagar ou não dar satisfação a quem você deve.
Eu sei que os juros são horríveis e injustos, mas, uma vez, que nós fizemos este ou aquele financiamento, é nossa obrigação cumprirmos com os nossos deveres. Da mesma forma, os pedágios podem ser caros, mas nós precisamos pagá-los; preços de passagem, disso ou daquilo, muitas vezes, parecem pesados ao nosso bolso. Existem outras maneiras de reivindicarmos vida melhor, uma delas é o voto consciente, responsável, pensado – não em nós, nos nossos interesses –, mas sim no interesse maior da sociedade!
O cristão não pode se omitir de suas obrigações, o cristão não pode fugir de um momento como este de assumir a sua responsabilidade, de ir às urnas e votar, de cumprir com as suas obrigações e com seus deveres para com a sociedade, de pagar seus impostos e suas taxas. Nós podemos, sim, questionar se algo é correto ou se não é correto. O que não podemos é deixar de cumprir as leis e as nossas obrigações!
Deus abençoe você!