“Então, Marta disse a Jesus: ‘Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Teu irmão ressuscitará’. Disse Marta: ‘Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia’. Então, Jesus disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim, não morrerá jamais’”. (João 11, 21-26)
Meus irmãos e minhas irmãs, é o quinto domingo da Quaresma e nós temos a graça de contemplar a manifestação de Jesus mais uma vez. A manifestação de Jesus que não só ressuscita Lázaro, mas também traz a cada um de nós uma palavra de ressurreição, pois nós também temos necessidade de sermos ressuscitados em nossa vida.
Quantos de nós não precisamos, hoje, desta palavra de Jesus, essa palavra de ressurreição, esse ânimo novo, um sentido novo de viver! Eu pergunto: quem nunca sentiu uma profunda solidão num momento de morte? Quem nunca disse adeus? Por que, Senhor? Por que comigo? Por que com a minha família? Muitos de nós já passamos por isso.
Marta afirma ao Senhor: “Se o Senhor tivesse estado aqui, ele não teria morrido”, ou seja, a morte de Lázaro teria só mudado de data, porque todos nós vamos passar pela experiência da morte. Na afirmação de Marta, ela demonstra a fragilidade da vida humana que pode, certamente, ser adiada em dias, em meses, em anos, mas, no final, todos nós vamos passar por essa experiência.
Quantos de nós não precisamos, hoje, desta palavra de Jesus, essa palavra de ressurreição, esse ânimo novo, um sentido novo de viver!
Ela diz: “Eu sei que meu irmão ressuscitará, no último dia, eu sei”. Saber não é a mesma coisa de que crer, saber é uma coisa, crer é outra bem diferente. Não adianta saber de cor aquele artigo do Catecismo, que diz sobre a ressurreição dos mortos, não basta sabê-lo de cor, pois a nossa atitude diante da morte precisa ser de fé e não apenas de conhecimento. Crer em Jesus é já possuir a vida eterna em vida, nesta vida. Acreditar no Senhor é já possuir a vida eterna, mesmo estando nesta vida.
A fé não é um consolo, não é um calmante, não é um anestésico para dor da alma, a fé é uma pessoa, é Jesus. A fé no momento da morte nos dá a presença de Jesus. Por isso, no momento de morte, não busque explicações, busque Jesus, porque é a presença de Jesus que vai nos trazer o verdadeiro consolo, a fé para nós é uma Pessoa.
Que, hoje, o Senhor nos traga esta palavra de esperança e de ressurreição!
Muitos de nós, como eu falei no começo, estamos na condição de mortos-vivos: vivemos sem esperança, sem fé, sem confiança, sem perspectiva de vida, vivemos esperando a morte, ou, muitas vezes, chorando eternamente a morte daqueles que se foram. Jesus nos recorda que nós devemos esperar a vida e não a morte, nós devemos esperar a vida eterna com Ele e não a nossa morte.
Por isso, Ele quer nos tirar das sepulturas nas quais nós costumamos viver. Quais são as suas sepulturas? Quais são as realidades nas quais você tem se prendido e tem perdido o olhar de esperança para sua própria vida, para a vida das pessoas que estão perto de você?
Que, hoje, o Senhor nos traga esta palavra de esperança e de ressurreição!
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!