É necessário entrar pela porta estreita, porque largo é o caminho da perdição, das facilidades, da vida cômoda
“Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles” (Mateus 7,12).
Sabe aquela regra que salva e dá sentido à vida? Essa regra, esse mandamento, é Jesus quem está nos ensinando. Essa é a regra de ouro!
O que nós devemos fazer para o outro? Tudo aquilo que queríamos que o outro fizesse para nós, mesmo que ele não faça. Eu não me meço pelo que o outro faz, mas por aquilo que preciso e sei que é correto fazer. Se o outro não me faz bem, mas eu queria que ele me fizesse bem, então eu faço para ele o que queria que ele me fizesse.
Eu sei me colocar no lugar do outro quando faço isso sem ofender nem maltratar ninguém, sem desprezar nem julgar, porque não sei a história dele, a vida dele, o que ele viveu nem pelo que passou, o que ele enfrentou e assim por diante.
É regra de ouro: eu quero ser respeitado? Eu respeito o outro. Eu não quero que fale mal de mim? Eu não falo mal de ninguém. Eu quero ser amado? Eu vou amar os outros, mesmo que não me respeitem, não me amem, mesmo que não falem bem de mim. Eu vou ser aquilo que eu preciso ser, mesmo que os outros queiram ser, porque não vou me medir por eles, mas medir a mim mesmo por aquilo que eu preciso testemunhar na vida e no mundo.
Por outro lado, é necessário entrar pela porta estreita, porque largo é o caminho da perdição, das facilidades, da vida cômoda e errada. Precisamos entrar pela porta estreita da exigência, da renúncia e do sacrifício. Só consegue ser bem sucedido nesta vida, de verdade, quem sabe se sacrificar, esforçar-se e lutar.
Quando você dá as coisas de forma muito fácil para as pessoas, com tudo prontinho, aquela alma amortece, o vigor daquele coração estremece, porque não soube fazer o sacrifício nem precisou fazer o esforço necessário para vencer, para conseguir e ir adiante.
Permita-me dizer a você: alargue o seu coração no amor, mas seja rigoroso, estreito com você na busca da santidade, do amor e na vivência do que é correto. Não vivamos as facilidades que o mundo nos oferece, porque muita facilidade é engano e ilusão para o nosso coração. Não percamos o senso do que é justo, verdadeiro e correto, mesmo que seja pouco e difícil, pois é ali que Deus está nos abençoando.
Deus abençoe você!