A humildade não é eu buscar a minha própria satisfação, mas colocar o outro em primeiro lugar
“Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo” (Mt 20, 26-27).
Dentro do nosso coração, há sempre ambições e, muitas vezes, as ambições comandam nossa vontade, a nossa disposição. Queremos ser sempre mais, ter mais, poder mais. Veja as mães dos filhos de Zebedeu ela tem ambição que seus filhos sejam reconhecidos, sejam engrandecidos, é verdade que toda mãe tem que ambicionar o melhor para seus filhos, mas a missão não pode ser uma competição ou algo que simplesmente nos torne melhores ou mais que os outros.
A missão tem que ser sempre: “Eu posso ser melhor do que eu mesmo, eu posso me superar a cada dia, posso ser mais a cada dia!”. Nunca pode ser: “Eu devo ser mais que o outro, melhor que o outro, mais importante do que o outro, porque esse tipo de ambição, mas sobretudo o orgulho, a soberba, geram tantos males dentro de nós, nos colocamos acima dos outros, nos sentimos melhores que os outros, ou queremos ser melhores que os outros. Quando não somos, gera uma insatisfação dentro do nosso coração, da nossa alma, ficamos tristes, deprimidos, nos sentimos a pior das pessoas, vivo complexo de superioridade, porque me sinto melhor do que os outros, ou de inferioridade, porque estou sempre abaixo dos outros.
Nem uma coisa nem outra, a humildade tem que ser a base que nos mova, que nos segure, que nos impulsione a cada dia, e humilde é aquele que serve, que se coloca à disposição do outro, que está sempre procurando fazer com que o outro esteja bem, feliz.
A humildade ou o serviço no reino de Deus, não é eu buscar a minha própria satisfação, os meus próprios interesses ou o meu reconhecimento. A humildade é, acima de tudo, eu colocar o outro em primeiro lugar. Não é que eu vou me desprezar, não vou cuidar de mim, mas é aquela grandeza de alma, de uma alma generosa, de uma alma longânime que sabe ter nobreza de espírito: “Eu não sou melhor do que ninguém, eu não faço nada movido pela competição ou para ser mais do que alguém.”
Este tempo, santo, é o tempo da Quaresma, mergulhando no Ano da Misericórdia, mergulhamos na pobreza do nosso coração, nas misérias que muitas vezes nos deixamos guiar por elas, sobretudo o sentimento de grandeza, do orgulho, da soberba. Deixemos que nossa alma se acostume às coisas simples, modestas, e iremos saborear melhor a vida, a nossa relação com Deus será mais amorosa. Quando eu sou muito pretensioso, quando eu quero as coisas demais, eu me perco, eu me embaralho, e a insatisfação toma conta de mim.
Deus abençoe você!
Veja a reflexão do dia de hoje: