Perdão não é sentimento, é decisão de coração, é decisão de vontade, é decisão de cabeça! Com Jesus aprendemos que o perdão é condição essencial para fazermos parte do Reino dos Céus.
“Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18, 21-22).
O tema do perdão acaba sendo muito controverso para nós e para a nossa mentalidade, porque, humanamente falando, quem é que dá conta de perdoar tantas vezes? Quem é que vai perdoar a pessoa sete ou setenta vezes sete num dia só? Alguém pode até dizer: “Padre, mas eu não sou bobo! Não tenho sangue de barata; de verdade, eu não dou conta!”.
E novamente volto a perguntar: Quem é que consegue perdoar tantas vezes de forma tão intensa senão Deus? Para compreendermos qual é o verdadeiro sentido do perdão, precisamos mergulhar no perdão de Deus, porque todos nós necessitamos muito do perdão divino. E de que forma Deus nos perdoa? O perdão de Deus é sem limites, sem cálculos e sem exigências. O perdão de Deus é real, é profundo, vai até o fundo da nossa alma e do nosso coração.
Se queremos aprender a perdoar, precisamos primeiro assumir o perdão de Deus em nossa vida, mergulhar no perdão divino, deixar que este inebrie a nossa alma, inebrie o nosso coração e nos envolva em sua totalidade. Quando experimentamos, verdadeiramente, o perdão de Deus em nossa vida e somos movidos por ele [este perdão], então saberemos o que é perdoar. Desse modo o perdão não será apenas um perdão humano, mas um perdão divino.
Nem eu nem você somos deuses, mas nós experimentamos Deus em nossa vida e Ele faz parte dela. É Ele quem nos ensina, nos dá a força, a coragem e a luz necessárias para que o perdão aconteça em nossa vida.
Perdão não é sentimento, é decisão de coração, é decisão de vontade, é decisão de cabeça! Precisamos querer perdoar, precisamos decidir perdoar! Quando fazemos a decisão pelo perdão não fazemos a decisão de ser “bonzinhos” para com os outros, fazemos uma decisão pela paz, pela saúde, fazemos uma decisão pelo nosso coração. Fazemos uma decisão pela libertação dos conflitos e dos traumas que o rancor, o ressentimento e a raiva geram dentro de nós.
O primeiro beneficiado pelo perdão somos nós mesmos! Perdoar não é fácil, não é simples, mas se mergulharmos no perdão de Deus, o perdão d’Ele nos dará força, luz e direção para que essa graça [o perdão] seja uma praxe em nossa vida. Os seguidores de Jesus aprendem com Seu Mestre que o perdão é condição essencial para fazermos parte do Reino dos Céus.
Deus abençoe você!