10 Aug 2011

Uma vida devotada ao amor

A Palavra de Jesus é o grão de trigo lançado à terra, que nasce, cresce e dá muito fruto. A Palavra de Jesus é recebida por nós, em nosso coração. Ali ela nasce, cresce e nos faz adultos conscientes e prontos para produzir muitos frutos na seara do Senhor.

Quando amadurecemos na Palavra de Deus, conseguimos algo até inexplicável, que só com Ele conseguimos. E, mesmo amando muito a nós mesmos, conseguimos nos esquecer de nós mesmos e praticar ações tão altruístas, que só na ação do Espírito Santo isso seria possível. É isso que Jesus quer nos dizer quando fala: “Aquele que se ama perde-se e aquele que despreza a si mesmo neste mundo, assegura para si a vida eterna”.

Como instrumentos de Deus, conseguimos amar mais ao próximo do que a nós mesmos, como Jesus fez ao dar a própria vida para nos salvar. São João, em sua primeira carta, afirma: “Aquele que diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê , é mentiroso… Se alguém tiver bens neste mundo e vir seu irmão passando necessidades e lhe fechar as entranhas, como habitará nele o amor de Deus?”

Precisamos orar muito a Deus para que nos conceda o dom do entendimento, do discernimento e da caridade, para que sempre compreendamos – por intermédio do Seu Espírito Santo – as mensagens que Ele nos envia, solicitando a nossa participação no Seu plano de salvação.

Para São João “quem confessa que Jesus é o filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus”. Que bom, que graça, quando entendemos todo esse mistério na relação de Deus com a humanidade inteira, sem dúvidas, sem questionamentos!

Como é bom quando o Espírito de Deus nos aquece com Seu amor, repousando em nosso coração, porque O acolhemos e O aceitamos, esquecendo-nos de nós mesmos e atendendo ao nosso irmão – que tanto está precisando de um gesto e de algumas palavras – sendo atenciosos e ouvindo-o em seus lamentos e dúvidas.

A cada gesto desses, somos admirados pelo Senhor. Ainda mais neste mundo complicado e injusto em que vivemos, no qual o mal prolifera e arrasta-se em todas as camadas sociais, transformando e transtornando as pessoas, corrompendo-as e deixando-as indignas e, por isso, infelizes.

O plano de Deus – quando nos criou – era de que fôssemos íntegros, felizes e imortais, dentro do Paraíso. Porém, o pecado entrou no mundo e nos feriu e matou para Deus Pai, quando nos afastamos do Seu amor e da Sua graça, embora Ele continue sempre nos amando e aguardando – minuto a minuto – para que consigamos reencontrar o Seu caminho da felicidade verdadeira.

Acreditamos nas palavras de Jesus, pois a morte não é o último ato isolado da existência, mas é o termo de uma vida devotada ao amor.

Apegar-se à vida é querer afirmá-la em conformidade com os critérios da ideologia de sucesso deste mundo sob controle dos poderosos, agentes da morte lenta ou violenta.

Guardar a vida – na vida eterna – supõe o desprezo desta ideologia de sucesso e poder, que impõe a submissão pelo temor. Quem não teme a própria morte está livre para colocar-se totalmente a serviço da vida. O seguimento de Jesus se faz com o dom total de si mesmo, a favor da vida.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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