25 Jun 2020

Religião é a submissão do homem à vontade de Deus

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7,21).

Precisamos cuidar para não sermos enganados e também para não enganarmos. Porque corremos os dois riscos, não só de religiosamente nos enganarem, mas também de enganarmos a nós e aos outros.

Há distorções religiosas terríveis em nosso meio e no universo onde estamos. Há muitas pessoas expulsando demônios em nome de Jesus, realizando milagres e curas, gritando em nome do Senhor, falando coisas lindas e maravilhosas, fazendo as pessoas chorarem em nome de Jesus, porque Deus é Deus e a graça d’Ele está aí.

As pessoas manipulam a graça de Deus, fazem o uso errado do dom de Deus, se aproveitam do poder que a religião tem para a nossa vida e o nosso coração. É lamentável, não cabe agora julgarmos essas situações, mas cabe a nós fazermos discernimentos.

Religião é colocar em prática a vontade do Pai que está nos Céus

O discernimento começa em mim porque a hipocrisia vai ser uma tentação para a vida inteira! A religião das aparências levou Jesus à morte, e é o que tem levado à morte tantas pessoas, seja em campos de batalhas que há em muitos universos religiosos, seja no campo do testemunho da vida e da prática.

Religião não é somente falar de Deus, pregar o nome d’Ele, cantar para Ele. Religião é colocar em prática a vontade do Pai que está nos Céus. É aí que caímos, porque queremos a religião da nossa vontade, a religião que nos sirva. E nos servimos, muitas vezes, da religião para dela nos promover, aparecer e buscar impor as nossas vontades aos outros.

Religião não é Deus estar ao meu serviço, fazer o que quero. Religião é a submissão do homem à vontade de Deus. Religião não é o homem subir, como fizeram a Torre de Babel, para crescer em nome de Deus. Religião é abaixar a cabeça, dobrar o orgulho, a soberba e as vaidades para que em todo tempo a vontade d’Ele prevaleça.

Não posso acreditar que tantas brigas, discórdias, desavenças, acusações e falsidades sejam da vontade de Deus. Não posso acreditar que, com tanta gente falando em Deus, mas cada um da sua maneira, sem viver a comunhão, a unidade e a submissão, seja vontade de Deus.

Por isso, não basta dizer “Senhor, Senhor…”, não basta cantar bonito, falar bonito e proclamar o tempo inteiro em lives, nas igrejas, o nome do Senhor que isso seja de Deus. Já conhecemos aquele ditado: “Nem tudo que reluz é luz”, então, nem tudo que fala, apresenta e grita o nome de Deus é d’Ele.

As expressões de Jesus: “Afastai-vos de mim”, “Eu não vos conheço”, vai ser muito duro ouvi-las, se passamos a vida inteira falando de Jesus, mas pouco escutamos e colocamos em prática a Sua Palavra.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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