11 Mar 2013

Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra

Estamos, mais uma vez, diante de um milagre – ou simplesmente sinal -, característica fundamental do Evangelho de Jesus segundo João.

Jesus, conforme narra o Evangelho, sai da Sua terra e vai para Galileia. Como era de se esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém – quando da celebração da Páscoa – Jesus é bem recebido. E por encontrar receptividade, Ele continua realizando milagres. É de salientar que, apesar da Galileia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que Jesus havia transformado a água em vinho por causa da fé daqueles homens.

Hoje, neste trecho do Evangelho, salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida como sendo o dom de Deus.

No Evangelho segundo São João, Jesus, respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a Sua autoridade: “Eu sou a vida” (Jo 14,6). Muitas vezes, pergunto-me sobre o profundo sentido dessa afirmação. Em outro tópico, Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova vida, após a morte”.

Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas palavras ao funcionário do rei: “Podes ir, que teu filho está vivo”.

Para os homens com grande fé, como o alto funcionário do rei, novos céus e nova terra existirão, porque, na verdade, reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação eterna.

A  plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas. A vida humana, acima de tudo, é dom de Deus: vem d’Ele e se realiza na posse terrena e eterna de Deus. Foi essa a vida que o Senhor concedeu aos nossos primeiros pais e Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de Sua Vida, Morte e Ressurreição. Por isso, Santo Agostinho afirma com tanta propriedade: “O nosso coração está inquieto até que descanse em Vós”.

Escolha, pois, a vida, descansando nos braços e no colo de Jesus para que você tenha vida em abundância.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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