06 Dec 2012

Quem entrará no Reino dos Céus?

Quem entrará no Reino dos Céus? Para responder a esta pergunta, Jesus – no Evangelho escrito por São Mateus – propõe-nos a construção de uma casa. Embora todos construam, é necessário saber construir.

Como em outra passagem, na qual Jesus pedia que o construtor, antes de começar a sua obra, avaliasse as despesas, aqui Ele nos ensina a avaliar primeiro o terreno e, depois, abrir valas para assentar o alicerce. Só então se erguerão as paredes e a construção será firme. Caso contrário, ela desmoronará por qualquer vento.

A passagem de hoje é a conclusão do Sermão da Montanha. A ideia fundamental é um convite a viver prudentemente para poder entrar no Reino dos Céus. Não é suficiente crer que Jesus é o Senhor, mas é necessário cumprir a vontade do Pai pondo-a em prática, cumprindo a Sua Lei.

Embora a nossa fé se funde na Palavra de Deus, a fidelidade a ela exige de nós que a transformemos em ações concretas na nossa vida, fazendo-a “letra viva” e não morta. Deus é a rocha firme, fundamento sobre o qual devemos construir a nossa casa. Assim como Deus é caridade, misericórdia, piedade, amor, justiça, paz, assim também devemos ser. Sem este fundamento de uma vida interior, alimentada pela Palavra de Deus, não se pode construir. Aliás, sem a vivência da Palavra toda a vida é estéril. E o verbalismo religioso, individual, comunitário ou litúrgico, torna-se uma piedosa ilusão. Será tão somente uma pura vaidade, como nos ensina o livro de Eclesiastes. Vaidade das vaidades, é tudo vaidade. É correr atrás do vento.

Os Evangelhos são insistentes em afirmar que o essencial da fé é fazer a vontade de Deus, conforme o testemunho de Jesus. Lemos a parábola dos dois homens, um sensato que constrói a casa sobre a rocha e outro, sem juízo, que a constrói sobre a areia.O primeiro é o que põe em prática as Palavras de Jesus, e o segundo apenas as ouve e omite a sua prática. Em outras passagens, Jesus afirma que Sua família é formada por todos aqueles que fazem a vontade de Deus e entram em comunhão com Ele, todo aquele que se solidariza com os pobres e excluídos, famintos, sedentos, migrantes, nus, doentes e encarcerados.

No Evangelho segundo João, Jesus afirma que, se alguém O ama e põe em prática a Sua Palavra, Ele e o Pai farão nele sua morada, o que significa a participação já na vida divina e eterna. E a vontade de Deus é que todos tenham vida plenamente, participando e usufruindo de todos os bens da criação, eliminando-se as barreiras entre os privilegiados e os excluídos.

Portanto, construamos a nossa casa sobre a rocha firme, que é Jesus, a fim de que ela possa crescer e se fortificar. Aprendamos com Cristo a observância e a vivência da Palavra e da vontade do nosso Pai que está no Céu, onde com Ele haveremos de reinar pelos séculos dos séculos.

Padre Bantu Mendonça


Pai das Misericórdias

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