05 Mar 2022

Que seu coração possa aderir à proposta de Jesus

“Naquele tempo, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: ‘Segue-me’. Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus” (Lucas 5,27-29).

Estamos meditando a Palavra de Deus e nos maravilhamos com a forma como Jesus coloca em prática — digamos assim — o seu plano pastoral, a sua forma de cuidar das almas, de cuidar dos corações, de cuidar das pessoas. É interessante que, no Evangelho, aparecem alguns verbos, infelizmente, a tradução em português deixou escapar o primeiro verbo; ele diz que Jesus ‘saiu’, ‘viu’ e ‘disse’.

São três verbos que aparecem no Evangelho. O primeiro deles: “Jesus saiu”; nós precisamos, apoiados pelas orientações e pelos conselhos do Papa Francisco ser, de fato, uma Igreja em saída, uma Igreja que vai ao encontro dos corações dos filhos de Deus que estão perdidos nas diversas realidades e nas diversas circunstâncias do mundo atual. Como diríamos: devemos pescar fora do aquário. É claro, devemos nos ocupar da formação permanente dos membros da nossa comunidade, mas nós precisamos tomar consciência de que existem muitos que estão fora, muitos não estão aqui conosco, muitos não caminham com o Senhor, muitos não seguem Jesus de perto, muitas pessoas precisam experimentar a graça de Deus. Então, a primeira realidade que precisamos enxergar é se nós somos uma Igreja em saída, se nós estamos dispostos a ir ao encontro do outro.

O segundo verbo diz que: “Jesus viu”. Aqui cabe-nos um realismo muito grande. Devemos deixar de lado aquele pensamento: “Seria tão bom se fosse assim”, “Seria tão bom se todos estivessem no seguimento de Jesus”, você pode dizer isso, talvez, da sua família, das pessoas que estão perto de você. Seria tão bom se essa pessoa já fosse uma pessoa engajada, se fosse uma pessoa comprometida com o seguimento de Jesus, mas a realidade é essa, a realidade é a que você tem diante de você; a realidade é essa e precisamos enxergá-la como Jesus viu aquele homem, na condição em que ele se encontrava: estava ali sentado na coletoria de impostos.

A proposta de Jesus precisa tocar os corações, precisamos dizer às pessoas o que Jesus propõe

Então, o realismo é muito importante para nós, não nos iludamos, mas olhemos para a realidade e nos empenhemos para transformar essa realidade. Jesus não tem medo de olhar a nossa realidade. Se nós fôssemos pensar: quando o Senhor nos encontrou, qual era a minha realidade e a tua realidade? Estávamos perdidos no pecado, estávamos na condição de pecadores. Somos ainda pecadores, mas passamos do reino das trevas para o reino da luz. Jesus viu aquele homem.

Terceiro e último verbo: “Jesus disse: deixa tudo, segue-me”. Esse dizer de Jesus é a proposta. O cristianismo não pode nunca ser um entretenimento, o cristianismo precisa ser sempre o lugar de provocar a liberdade das pessoas e não de agrupar marionetes. A proposta de Jesus é radical: “Vem e segue-me”, “Deixa tudo e segue-me”, mas a proposta de Jesus precisa tocar os corações, precisamos dizer às pessoas o que Jesus propõe, temos de ter a coragem de dizer às pessoas o que é caminhar com Jesus. E vejam vocês: Levi levantou-se imediatamente e seguiu a Jesus é uma resposta. Ou se levanta e segue Jesus ou se levanta e vai embora. Com Jesus, não existe neutralidade, então, que o nosso coração realmente possa aderir à proposta de Jesus e ser também, na vida dos nossos irmãos, instrumento de salvação.

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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