24 Feb 2010

Qual sinal buscamos?

“Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas”. Jesus, cercado por uma grande multidão, com certeza, com uma dor muito grande no coração, desabava.

Presenciamos de muito poucos sinais, pois os mais extraordinários sinais de Deus na nossa vida nunca conseguirão ser vistos com olhos humanos, mas com os olhos do coração, os olhos da fé. Estamos numa sociedade na qual se busca sinais de prosperidade, tanto físicos quanto materiais. Daí estas falsas teologias da “prosperidade” e do “curandeirismo.” Esquecemo-nos de buscar o Deus da cura e estamos buscando e querendo, unicamente, a cura de Deus!

É uma multidão que se encontra no seguimento de Jesus; que está com Ele. Mas é uma geração má, pois a motivação não é o amor, mas é algo interesseiro, mesquinho, sem comprometimento com a vida.

O sinal na nossa vida, por excelência, é o próprio Cristo. Mas existe, com Ele, aquilo que muitos de nós não queremos e fugimos constantemente: a cruz! Interessante percebermos na cruz que, de um lado dela, encontra-se o Cristo crucificado; do outro, a cruz está desocupada, lisa. Isso é para nós sabermos que o lado liso é o lado desocupado, o nosso lado na cruz de Jesus Cristo.

Quantas vezes pedimos para que Jesus desça da cruz para vir ao encontro daquela situação que estamos vivendo. Nossa oração e pedido devem ser diferentes. Frente a esse nosso pedido,  Cristo sempre nos proporá algo mais interessante e profundo: “Meu filho, minha filha, em vez de Eu descer da cruz e ir ao seu encontro, ao encontro da sua dor, por que você não sobe comigo na cruz e assume o seu lugar?”

Essa fala soa muito estranho dentro de cada um de nós, pois somos uma geração de gente má. Não que Deus tenha nos criado maus, de forma má; não, mas porque nos tornamos uma geração de gente fraca, que não aguenta nada, que não sabe suportar sofrimentos por amor a Cristo.

Cristo nos pede um seguimento livre, longe de interesses, no qual o nosso interesse seja somente a radicalidade de vida em concordância com o Evangelho. Este tempo quaresmal é um tempo, por excelência, propício para retomarmos nossas motivações no seguimento a Cristo. O povo de Níneve resolve abandonar sua rebeldia e seguir Jesus depois de uma profunda retomada de vida – conversão. Estavam andando por um caminho, resolveram obedecer e, por isso, retomar a vida, agora, a partir da vontade de Deus e não mais das suas.

Existem certas realidades em nós que precisam ser mudadas, realidades estas que nos fazem não perceber os sinais de Deus, principalmente o mais profundo sinal, que é o próprio Deus. Parq que essas realidades  sejam mudadas em nós somente com muita oração, esmola e jejum. Daí entendemos quando Jesus diz que tem certos tipos de demônio somente pela oração são expulsos; o demônio do adultério, das drogas, da falta de perdão, da vingança… somente com muita oração, jejum e esmola.

Quando não percebemos o Sinal e os sinais em nós e através de nós, é porque precisamos buscar a libertação, a conversão; não é porque o Sinal e os sinais encontram-se ausentes. Pelo contrário, é porque nos encontramos insensíveis.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

Pai das Misericórdias

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