04 Sep 2010

Olhemos a vida como Deus nos vê

A falsa ideia de Deus, a visão distorcida e doentia de Deus deixa o ser humano doente. Aqui está a razão de haver tantas pessoas doentes no mundo. Quando se tem uma imagem distorcida de Deus, a primeira coisa que faço é me distanciar d’Ele; quando me distancio, está aí decretado o meu fracasso em todas as áreas da minha vida.

A imagem distorcida dos fariseus acerca de Deus faz com que estejam doentes e queiram, em suas atitudes, adoecer outros por causa de suas normas e princípios estúpidos. Jesus repudia completamente tudo isso, mostrando que o deus deles não é o Deus verdadeiro, revelado por Ele – Cristo.

Jesus é incisivo: o Sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Visão distorcida de Deus: este é o grande problema que existe em nossa vida. Quantos de nós não conseguimos crescer na vida pelo fato de não conseguirmos criar comunhão com o  Senhor, pois achamos que Ele é um ser distante, totalmente indiferente à nossa vida, mas muito ocupado em ver nossos erros, para, no momento oportuno, nos dar o castigo que merecemos, por termos feito coisas erradas. Agora, se fizermos algo certo, nada fizemos além de nossa obrigação. Que visão doentia de Deus… que fonte – esta visão – de cisão para a vida humana.

Compreendamos definitivamente uma coisa, meus irmãos e irmãs: Deus nos ama por aquilo que somos e não por aquilo que fazemos. Se o Altíssimo se entristece – e Ele se entristece – não é porque fizemos coisas erradas, pois o mal não O atinge; Ele se entristece pelo fato de Seus filhos estarem tristes. Deus se alegra pelo fato de Seus filhos estarem alegres.

Somos amados por aquilo que somos. E o que somos? Filhos e filhas amados de Deus! O Senhor nos pôs como administradores da criação e não como escravos dela. A lei acerca do sábado é um reflexo da distorção do coração dos fariseus; muitas vezes, o nosso coração também é fariseu, ou seja, achamos que Deus vai nos amar pelas coisas boas que viermos a fazer. Não! Deus Pai não vai nos amar ; Ele já nos ama desde de toda a eternidade!

Este amor é explicado de forma surpreendente na parábola do filho pródigo. Não é o filho quem vê o Pai, mas o Pai quem vê o filho de longe; corre ao seu encontro e o abraça, enchendo-o de beijos. O Pai aperta o filho não perguntando o que fez e por que o fez, mas o aperta em seus braços, abraçando o filho que acaba de voltar, expressando um coração misericordioso e saudoso.

O Pai ama o filho e não quer saber o que ele fez, mas quer saber da sua atitude, atitude de volta, de retorno, de arrependimento. É isso que conta para o coração do Pai. Quando nos vemos da mesma forma como Deus nos vê, passamos a vê-Lo de forma correta; como consequência, passamos a ver os outros e a nós mesmos com dignidade e misericórdia; caso contrário, com uma visão destorcida acerca de Deus, de nós e dos outros, nos tornamos insensíveis, nos tornamos “um trator” na vida dos outros, ou seja, atropelamos os outros sem dó nem piedade.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

Pai das Misericórdias

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