23 Sep 2011

O preço do discipulado

“E vós, quem dizeis que eu sou?” Tanto esta como a primeira pergunta – “Quem diz o povo que eu sou?” – são consequências de uma vida cheia de intimidade com Deus e que confirmam a experiência do abandono e total dependência de Jesus a Seu Pai.

O nome Cristo significa Ungido do Senhor. Jesus é “aquele que devia vir ao mundo”. E, para se chegar a esta descoberta, exige-se do homem e da mulher um profundo mergulhar na Pessoa de Cristo. Na resposta de Pedro: “O Messias que Deus enviou”, encontramos as qualidades do verdadeiro discípulo de Cristo.

Enquanto as pessoas afirmam – sem ter certeza do que dizem e muitas vezes presas ao passado – o discípulo não pode nem deve se atrelar à antiga ideologia messiânica de poder, ideologia esta opressora e conservadora.

Jesus é o Filho do Homem. É o Deus que se faz humano, convivendo no dia a dia entre as multidões e comunicando-lhes Seu amor divino e eterno, que permanece para sempre além da morte.

A pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” exige um comprometimento pessoal. Pedro, corajosamente, mostrou sua crescente lealdade ao afirmar que Jesus era o Cristo de Deus. Nessa confissão, o apóstolo quis dizer que Jesus era o único Deus, Filho ungido para seus propósitos. Mas quais propósitos? A maioria não tinha ideia.

Portanto, Jesus não queria que Seus discípulos divulgassem o que Pedro havia dito. Em vez de um rei ungido para sofrer e morrer por pecadores, a maioria dos judeus estava à procura de um rei que trouxesse libertação política.

Jesus então deixa claro o preço que teria de pagar para seguir a confissão de Pedro num mundo que não apenas estava confuso a Seu respeito, como também era contra Seu ministério. Concordar com a confissão de Pedro significa “causar conflito” entre os crentes e o mundo. Significa negar a si mesmo ao carregar a cruz do discipulado.

O discipulado de Cristo, naquele tempo e hoje, tem seu preço, seu custo, ou seja, dar a própria vida por amor aos irmãos. Esta é a mensagem central para o dia de hoje.

Peça e ore ao Senhor para que Ele o ajude a abrir mão da segurança, do conforto e diversões deste mundo. Que Jesus o ensine a carregar a cruz de cada dia e a se colocar num caminho de renúncia e discipulado.

Não esqueçamos da promessa de Cristo para nós: “Quem perder a vida por minha causa, este a salvará”.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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