28 Nov 2007

" NEM UM SÓ CABELO DE VOSSA CABEÇA SE PERDERÁ "

Na seqüência do discurso escatológico, a partir do prenúncio da destruição do Templo de Jerusalém, Lucas apresenta o tema da perseguição que advirá sobre os discípulos. Vemos neste pequeno trecho, Jesus encorajando os seus discípulos para que sejam perseverantes na missão não se amedrontem com o poder instituído. O preâmbulo destes veredictos já foram inseridas por Lucas antes quando censura a atitude dos hipocrisia dos fariseus (Lc 12,1-12), fazendo também ver qual será a sorte dos seus discípulos: perseguições, cadeias e… Estes textos assim como outros, exprimem como, desde o início da ação missionária, os discípulos, ao longo da história, comprometidos com o projeto de Jesus, têm enfrentado as diversas provações impostas pelos poderosos. A fidelidade a Jesus, apesar das tribulações, é o caminho para a vida eterna. Se formos chamados ao martírio, teremos de professar com constância o precioso nome de Jesus Cristo, Nome, pelo qual, as portas do céu se encontram abertas para toda a humanidade e a humanidade toda dos homens e mulheres: Pois nem um cabelo de vossa cabeça se perderá diante de Deus. Se diante dos homens e magistrados terrenos formos perseguidos, não nos entristeçamos nem nos apeguemos ao mundo presente, nem aos “louvores dos homens” (Rom 2, 29), nem à glória dos príncipes, como fazem alguns. Esses admiravam as ações do Senhor, mas não acreditavam Nele, por temor dos grandes sacerdotes e de outros dirigentes, porque “amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (Jo 12, 43). Fazendo “solene profissão” da fé (1 Tim 6, 12), nós garantimos a nossa salvação, firmamos na fé os novos batizados e consolidamos a fé dos catecúmenos.

Que aquele que for julgado digno do martírio se alegre, pois, por imitar o mestre, uma vez que foi prescrito: “o discípulo bem formado será como o mestre” (Lc 6, 40). Ora, o nosso mestre, Jesus, o Senhor, foi açoitado por nossa causa, suportou com paciência calúnias e ultrajes, foi coberto de escarros, esbofeteado, espancado; tendo sido flagelado, foi pregado na cruz, deram-Lhe a beber vinagre e fel e, depois de ter cumprido todas as Escrituras, disse a Deus, seu Pai: “Na Tuas mãos entrego o Meu espírito” (Lc 23, 46). Quem quiser ser Seu discípulo aspire, pois, a lutar como Ele, imite a Sua paciência, ciente de que, será recompensado por Deus de tudo quanto sofrer, se acreditar no único Deus verdadeiro. Porque Deus onipotente há-de ressuscitar-nos por Nosso Senhor Jesus Cristo, de acordo com a Sua infalível promessa, com todos aqueles que morreram desde o princípio. Mesmo que morramos no mar alto, mesmo que estejamos dispersos pelo mundo, mesmo que sejamos dilacerados por animais ferozes ou rapaces, Ele há-de ressuscitar-nos pelo Seu poder, porque todo o universo está suspenso da mão de Deus: “Nem um cabelo da vossa cabeça se perderá.” É por isso que Ele nos exorta dizendo: “Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.”

Pai das Misericórdias

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