24 Aug 2011

Jesus sempre nos incentiva a caminhar com Ele

Ao iniciar a vida pública, Jesus começa – lentamente – a escolher Seus discípulos que, à medida que atendiam o chamado, largavam tudo e continuavam a caminhada junto com Ele.

Assim, dentre os discípulos de João Batista, André – chamado por Jesus, – chama Pedro e Filipe, e este chama a Natanael, o qual, diante da origem humilde do Senhor, manifesta incredulidade. Porém, ao primeiro contato com o Senhor, Natanael O aclama como Filho de Deus e rei de Israel. Cristo descarta esse título de poder, identificando-se com o “Filho do Homem”, a presença divina no simplesmente humano que abre as portas do céu.

O título “Filho de Deus” tem duplo sentido: título de realeza, comum nos reinos e impérios, e título específico de Jesus, enquanto presença divina, amorosa, encarnada. Natanael o usa no primeiro sentido. O Senhor insinua que Sua realidade é outra: por Ele, o Filho do Homem, serão abertas as portas do céu aos humanos. Ele vem realizar o projeto de Deus, que é levar o humano à plenitude pela comunhão com o amor divino.

Antes de ser chamado, Natanael conversava com Filipe, que lhe disse haver encontrado Aquele sobre quem escreveram Moisés e os Profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José.

Ao que Natanael lhe responde: “Por acaso pode sair algo de bom de Nazaré?”Tendo em vista que essa era uma cidade pequena e habitada por pessoas muito simples. O Senhor se aproxima dos dois naquele momento e Filipe diz a Natanael: “Vem e vê!”. Assim que este [Natanael] olha, encontra o seu olhar com o olhar de Jesus, que lhe diz: “Eis um verdadeiro israelita, no qual não há enganos”. Assustado, ele pergunta ao Messias: “De onde me conheces?” Jesus lhe diz: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”. Daí, Natanael exclama: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”.

Em nossa vida, a exemplo de Natanael, o Senhor Jesus nos incentiva de várias maneiras a caminhar pelos Seus caminhos, para vivermos fundamentados nos Seus ensinamentos de Filho de Deus, demonstrando, com a Sua vida, o verdadeiro lugar do amor na vida de todos os que O seguem.

Muitas são as vezes em que nós somos displicentes e, deixando-nos levar pelo barulho do mundo – principalmente nos dias atuais – não percebemos o amor de Deus a nos abraçar e a falar dentro do nosso coração, completamente diferente daquilo que temos em nossa cabeça.

Sem forçar, sem exigir, Cristo não nos abandona nesses tempos. Ele deixa-nos livres para seguirmos nossa cabeça ou nosso coração. Após tomarmos a atitude escolhida, vamos colher seus frutos – se bons ou ruins – advindos como resultados da nossa decisão tomada.

Rimos, ficamos felizes e alegres se agimos acertadamente. Mas choramos e sofremos muito se, por outro lado, erramos agindo pelo instinto somente, sem usarmos de discernimento.

Assim aconteceu com Natanael, a princípio, ao diminuir Jesus pela Sua procedência, não Lhe dando o valor sobre o qual o próprio Criador nos ensina no Antigo Testamento.

Cristo veio para salvar a humanidade, não descansou jamais, para cumprir a missão a que veio: salvar a todos os Seus irmãos – que somos todos nós – dando-nos a oportunidade de errarmos durante a nossa vida e, ao nos arrependermos e Ele aceitar a qualquer momento o nosso arrependimento sincero, nos levar para junto do Pai na Eternidade, onde Ele nos espera desde que nascemos.

Por isso, devemos cultivar o perdão na nossa vida, e jamais o negar aos que nos ofendem, aos que não gostam de nós, aos que nos prejudicam, nos ignoram ou não nos aceitam. Aí reside a nossa prova de que amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Assim é a essência do maior dos mandamentos que Jesus nos trouxe para a nossa salvação.

Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de Seu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo d’Ele, de modo a compartilhar Sua missão.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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