28 Jul 2011

Exerça a misericórdia para ser julgado da mesma forma

Nosso Senhor foi um modelo incomparável de paciência: suportou um traidor entre os Seus discípulos – até Sua Paixão – e disse: “Deixai um e outro crescer juntamente, até à ceifa; não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo”.

Para figurar a Igreja, previu que a rede trouxesse sempre para a margem – isto é, até o fim do mundo – todo o tipo de peixes, bons e maus. É o Reino comparado à grande rede lançada ao mar que, para nós, é o mundo.

Esta parábola nos leva a perceber que vivemos num mundo onde há uma mistura de bons e maus. Contudo, Cristo declara que é necessário velar pela disciplina na Igreja ao afirmar: “Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreeende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganhado o teu irmão”. Mas de que maneira? Com misericórdia. Fazendo-o conhecer que Deus “governará a terra com justiça, e os povos na Sua fidelidade” (Sl 95,13). E que, no final dos tempos, juntará ao Seu redor os eleitos e separará os outros, colocando aqueles à Sua direita e estes à Sua esquerda. Haverá coisa mais justa e mais fiel do que essa? Aqueles que não exercerem misericórdia, antes da chegada do Juiz, não poderão esperar d’Ele misericórdia.

Aqueles que exercerem a misericórdia serão julgados com misericórdia, porque Ele dirá àqueles que tiver colocado à Sua direita: “Vinde benditos de meu Pai, recebei em herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo”. E atribui-lhes obras de misericórdia: “Tive fome e me destes de comer,; tive sede e me destes de beber”, assim por diante.

Porque você é injusto, não há do Juiz ser justo? Porque acontece de você mentir, não há da verdade ser revelada? Se quiser encontrar um Juiz misericordioso, seja misericordioso antes que Ele chegue. Perdoe a quem o ofendeu. Dê dos seus bens se os possui em abundância.

Dê o que de Deus Pai recebe: O que você possui que não foi recebido do Pai? Eis os sacrifícios que são muito agradáveis a Deus: a misericórdia, a humildade, o reconhecimento, a paz, a caridade. Se isso levarmos conosco e praticarmos, esperaremos com segurança o advento do Juiz, que “governará a terra com justiça, e os povos na Sua fidelidade”.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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