03 May 2012

Jesus, a expressão consumada do amor de Deus

“Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!” Esta foi a preocupação de Filipe, no Evangelho de hoje, e pode ser a de muitos diante de uma situação sem solução, humanamente falando.

Jesus, no quarto Evangelho, fala, frequentemente, de Sua relação e união com o Pai, pelo fato de ter sido enviado por Ele. Ontem, como hoje, os discípulos, agora representados por Filipe, queriam algo mais: uma visão direta de Deus. Então, respondendo, Jesus revela-se a eles: “Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. Ele é o eterno Filho de Deus. N’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas. No entanto, esse desejo estava em contradição com aquilo que já nos aparece no prólogo de João: “A Deus jamais alguém o viu”.

O Filho Unigênito – que é Deus e está no seio do Pai – foi quem deu a conhecê-Lo (cf. Jo 1,18), mas os discípulos não souberam reconhecer, na presença visível de seu Mestre, as Palavras e as obras do Senhor, porque, para ver o Pai no Filho é preciso acreditar na união recíproca que existe entre ambos.

Só pela fé se reconhece a mútua imanência entre Jesus e o Pai. Por isso, a única coisa que havemos de pedir é a fé, esperando, confiantemente, esse dom. Cristo, ao apelar para a fé, apoia Seus ensinamentos em duas razões: a Sua autoridade pessoal – tantas vezes experimentada pelos discípulos – e o testemunho de Suas obras.

A obra de Jesus, inaugurada pela Sua missão de revelador, é apenas um começo. Os discípulos hão de continuar a missão de salvação d’Ele, farão obras iguais e mesmo superiores às Suas. Jesus quer mesmo dar coragem aos Seus e a todos os que hão de acreditar n’Ele, para que se tornem participantes convictos e decididos na sua própria missão.

O Filho falou muito do Pai. Filipe entusiasmou-se e pediu a Jesus que Lho mostrasse, mas o Senhor lhe respondeu: “Quem me vê, vê o Pai”. Filipe queria ver o Senhor, mas não conseguiu vê-Lo em Jesus. Ao contemplar o Mestre, ficou com a realidade externa, não conseguindo atingir o interior, a sua realidade íntima com o olhar penetrante da fé. O verbo “ver” para João indica duas ordens de realidades: a do sinal visível e o da glória do Verbo.

Eu estou no Pai e Ele está em mim. Jesus é a revelação de um amor generoso que quer se espalhar sem limites, que não tem ciúmes: “Quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas”.

“Pai, que eu saiba reconhecê-Lo na pessoa de Jesus, expressão consumada de Seu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto do Senhor.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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