02 Aug 2010

Curados e alimentados para o serviço do Reino

Após saber da morte de João Batista, Jesus vai para um lugar distante e afastado, pois quer estar com o Pai. Neste momento da história de Jesus, com certeza encontra-se com o coração profunda,ente em dor, pelo fato da perda de João Batista. Primeiro ensinamento que precisamos tirar deste evangelho: aonde estamos indo chorar a dor das nossas perdas? Se não for em Deus, nunca conseguiremos compreender e aceitar a dor – uma das mais violentas – de perdermos aqueles que amamos. Jesus não fica preso na dor e na perda, mas busca vivenciar esta dor e esta “não compreensão” em Deus, no Pai, a única razão absoluta de tudo que existe e acontece.

Como se não bastasse este momento impar na vida de Jesus – a morte de João Batista -, pouco tempo possui para rezar esta situação junto do Pai e lhe aparece muitas pessoas profundamente necessitadas do amor de Jesus.

Jesus se compadece destas pessoas e ali, não olhando mais para sua dor e perda – pois tudo já estava entregue no coração do Pai – acolhe cada uma daquelas pessoas e as ama profundamente, realizando curas e libertações. Jesus não perde tempo com aquilo que se chama revezes em sua vida. Ele leva ao Pai e se coloca a serviço dos outros.

Jesus anuncia àquela multidão a boa nova do Reino, cura as feridas daquele povo e, ao cair da tarde, prefigurando a Eucaristia, realiza o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, para alimentar a cada um, pois já era muito tarde. Jesus, por excelência, acolhe – traz cada um para dentro do seu coração -, alimenta com a palavra e o alimento e cura as feridas. Todavia, para não cair num paternalismo e assistencialismo, Jesus realiza tudo isso – cura, alimenta e direciona – para que cada um de nós, libertos, venhamos a nos colocar a serviço do evangelho.

Para dizer que, a sua Palavra e o seu corpo e sangue, são as fontes, por excelência, de toda a libertação do nosso coração, para que possamos nos colocar a serviço daqueles que mais sofrem e necessitam de compaixão.

Alimentemo-nos da Palavra do Senhor; alimentemo-nos do seu Corpo e do seu Sangue; só assim seremos verdadeiramente livres para seguirmos e Senhor e nos colocarmos a serviço do Reino de Deus. Muitos de nós não somos curados, pois buscamos a cura de Deus e não o Deus da cura; buscar a cura de Deus é conveniência, não compromete. Agora buscar o Deus da cura significa comprometimento com aqueles que também buscar ter uma experiência de Deus. Queremos ser curados e alimentados para quê? Para continuarmos com esta mesma vidinha medíocre, egoísta, descomprometida com as pessoas e com o evangelho de Cristo? Esqueçamos! Agora, se busco tudo isso para ser livre, e, livre, me colocar a serviço, daí sim, daí entendi a mensagem do Senhor.

Padre Pacheco,

Comunidade Canção Nova.

Pai das Misericórdias

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