27 Jan 2011

As nossas ações devem ser produtos dos nossos pensamentos

E no Evangelho de hoje, Jesus continua pregando para as multidões por meio de parábolas. E após explicar a parábola do semeador, Ele apresenta hoje mais uma [parábola]: a da lâmpada, da luz, dizendo: “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou debaixo da cama?” A resposta é fácil, acredito que ninguém acenderia uma lâmpada e a colocaria debaixo de um caixote, pois dessa forma ela não serviria para nada; geralmente a colocamos em um local que ilumine o máximo possível.

E como a lâmpada que não deve ser escondida, assim é a Palavra que deve ser proclamada para iluminar a todos, sem exceção. E não como acontece em algumas doutrinas ou cultos nos quais só tem acesso à Palavra um grupo pequeno que se considera iluminado. Para Jesus, todos têm direito de conhecer Sua mensagem, não excluindo ninguém. Porém, somos livres para aceitar ou rejeitar a Palavra. O discípulo que anuncia a Palavra também é luz, é sua missão descobrir como e onde proclamá-la de forma que ela chegue ao maior número de pessoas possível, para que a luz da vida possa iluminar a todos.

Devemos estar atentos para ouvir, acolher, praticar e deixar a Palavra frutificar em nossos corações, e com atitudes positivas colocá-la em prática. Deixando de fazer maus julgamentos sobre os outros, pois “com a mesma medida com que medirdes também vós sereis medidos”. Se usarmos de misericórdia, receberemos muito mais misericórdia. Sejamos luz para que possamos dar continuidade à missão de Cristo, levando a Palavra de Deus a todos e, dessa forma, consigamos atingir o coração destes, para livrá-los das trevas, da solidão, do ódio, da tristeza. Que atentos e fiéis todos nós possamos ouvir e acolher a “luz do amor de Deus”.

As nossas ações devem ser produtos dos nossos pensamentos e também dos nossos sentimentos. Nesta leitura Jesus nos exorta a sermos como lâmpadas acesas colocadas em lugar alto a fim de que todas as pessoas que as vejam sejam iluminadas, isto é, tenham conhecimento de Sua Palavra. Portanto, as nossas ações devem revelar o que nós cultivamos dentro de nós mesmos. Se, cultivamos em nós bons pensamentos e os regamos nós poderemos também realizar boas obras, como lâmpadas acesas que podem ser vistas por todos.

Contudo, quando nós falseamos, quando nós blefamos e escondemos as nossas reais intenções nós também somos capazes de praticar ações duvidosas que, por mais que aparentem bondade, são, no entanto, como arapucas armadas para que outros nelas caiam. Desse modo, nós revelamos apenas escuridão.

Jesus continua nos advertindo em relação às nossas ações e, agora também, quanto aos nossos julgamentos quando diz: “com a mesma medida com que medirdes também vós sereis medidos”. Muitas vezes, nós usamos critérios muito exigentes para com os nossos irmãos e irmãs e não nos apercebemos de que com o mesmo rigor nós também seremos julgados, e por nós mesmos! A medida, então, é a que nós usamos, isto é, a nossa medida. Existe um ditado popular que expressa muito bem o que o Senhor nos fala: “Quem disto usa, disto cuida”. Por essa razão,  devemos purificar os nossos pensamentos e sentimentos a fim de que possamos atuar com sinceridade e com transparência irradiando ao mundo a Luz, que vem do Senhor. E que as nossas ações e os nossos julgamentos para com os nossos irmãos sejam feitos com uma medida ajustada à nossa própria fraqueza, portanto, cheios de misericórdia e compaixão.

Você é uma pessoa transparente e sincera? As suas ações acompanham os seus sentimentos e pensamentos ou você consegue camuflá-las? Você é muito rigoroso com os erros das pessoas? E com os seus? Você é uma pessoa que se impacienta por qualquer coisa? Qual é a sua medida?

Pai, ensina-me a ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão, eu possa também experimentar da Tua benevolência.

Padre Bantu Mendonça

Fonte: Retirado do Blog do padre Bantu

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