18 Mar 2017

Acolhamos todos os pecadores

Precisamos sentar, acolher, amar e cuidar de todo e qualquer pecador da mesma forma como Deus cuida do nosso coração

“Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos” (Lucas 15,20).

A primeira coisa que nós constatamos no Evangelho de hoje é o amor de Jesus para com os pecadores. O evangelista começa nos dizendo justamente isso, que os fariseus estão criticando Jesus, porque Ele acolheu os pecadores e fez refeição com eles.

O que Jesus veio fazer em nosso meio? Sentar-se junto aos pecadores, estar junto deles, fazer refeição com eles, estar no meio deles. Porque Ele veio para os doentes, para os pecadores; Ele veio para todos aqueles que estão feridos pela marca do pecado.

A parábola do filho pródigo serve para todos nós que precisamos, todos os dias, nos voltarmos para os braços do Pai! Não podemos nos comportar com a indiferença, a frieza e o orgulho do filho mais velho, que estava na casa do pai, sempre servindo-o, nunca havia se afastado de casa. Ele não percebia o tamanho do seu orgulho, o tamanho da sua prepotência, sobretudo, a sua falta de humildade. Porque quem não é humilde não é capaz de acolher a fraqueza, a fragilidade ou o erro do irmão quando ele vier à falhar.

Precisamos ter a humildade do coração do Pai, que está sempre de braços abertos para acolher todo e qualquer pecador que se afastou da Sua casa, para acolher a mim e a você em nossas misérias, fraquezas, nas dificuldades que passamos, nos pecados que sucumbimos.

Ele não nos quer prostrados, Ele não só nos acolhe se não quisermos levantar da situação em que nos encontramos, porque a todo e qualquer momento esse Pai está de braços abertos, e não só para nos acolher, mas para nos abraçar, para cuidar da ferida, da marca, de tudo aquilo de mau que o pecado fez em nós, sobretudo para não nos deixar voltar para a lama, para não nos deixar cair de novo, para não nos deixar prostrados.

Às vezes, o mundo nos pega com tanta força e nos estraga, deixa-nos praticamente mortos. Quantos morreram no pecado, porque não voltaram para os braços amorosos do Pai! Porque tiveram na frente os filhos ou irmãos de igreja e caridade, que não foram as portas abertas da misericórdia de Deus para acolher aquela situação.

Hoje, o Pai está nos chamando para duas coisas: primeiro, para que nos voltemos a Ele, para que sejamos acolhidos em Seus braços amorosos de Pai, para sermos curados, revitalizados, para sermos curados pelo amor misericordioso do Pai que tanto nos ama.

O Pai que cuida das nossas feridas, que cuida de todo o mal que o mundo já fez conosco, quer que nós estejamos de braços abertos, curados pela Sua misericórdia para acolhermos tantos irmãos feridos e machucados pela marca do pecado. Não precisa ser um pecado grande, mas todo e qualquer pecado precisa ser acolhido! Não é o pecado pelo pecado, mas o pecador marcado por este pecado, o pecador que somos eu e você que precisamos tirar este pecado que está dentro de nós para sermos curados pelo amor misericordioso de Deus.

Jesus fazia refeição e acolhia os pecadores, não podemos ter um coração menor do que o d’Ele! Precisamos sentar, acolher, amar e cuidar de todo e qualquer pecador da mesma forma como Deus cuida, acolhe e ama o nosso coração ferido pelo pecado!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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