Temos uma nova aparição de Jesus Ressuscitado, desta vez à beira do mar de Genesaré na Galileia. Mas o evangelista João denomina o mar com o nome romano de “Tiberíades”, talvez para indicar que a missão deve se estender a todos os povos e não somente à Galileia. João nos apresenta o firme propósito dos discípulos em ir pescar. Na hora em que Jesus aparece, eles estavam lançando as redes. O que poderia parecer o retorno às suas atividades normais humanamente falando, já que passava a impressão do fracasso do ministério do Mestre. Mas, a presença do Pescador por excelência faz com que eles retomem a missão deixada por eles.
A narrativa é semelhante à pesca milagrosa, no Evangelho de Lucas, quando Jesus chama os primeiros discípulos. A pesca é símbolo da missão. A presença e a palavra de Jesus são necessárias para o seu sucesso e a comunidade missionária se une em torno da refeição Eucarística partilhada com Ele.
Um fato muito importante a ter em conta é o da rede que não se rompeu. Ela representa a túnica de Jesus que não foi rompida (id. 19,23-24). A rede de Jesus Cristo não se rompe. Quero dizer a você, meu irmão e minha irmã: quem vai à pesca com Jesus tem um guia, uma rede segura que não se rompe nunca. Venha o que vier e de onde vier. Ela está firme para sempre.
Precisamos ser esta rede que não se divide nem divide, mas na qual todos cabem. O próprio Senhor rezou por esta unidade necessária (cf. Jo 17).
Padre Bantu Mendonça