06 Mar 2013

A lei se cumpre em Jesus Cristo

Estamos diante de um texto que relaciona a lei e os profetas com o Reino dos Céus. Na primeira parte, vemos o cumprimento da lei e dos profetas na pessoa de Jesus Cristo. Num tom severo, Jesus – dirigindo-se aos cristãos vindos do Judaísmo – diz que n’Ele toda a lei e os profetas encontram a perfeição.

Além disso, Jesus abre o coração do seu discurso sobre a verdadeira justiça. O problema da justiça farisaica tinha sido levantado abertamente e, agora, este pernicioso sistema será destruído metodicamente pelas penetrantes e autoritárias observações do Senhor.

Não foi uma demasiada devoção à lei que provocou o devastador ataque de Jesus aos fariseus, mas sim a falsidade e a pouca devoção. Com hipocrisia arrogante, eles haviam produzido uma paródia vazia da lei do Senhor. Jesus rejeita essa ilusão e a expõe – tal como é – à luz da verdadeira e imutável justiça divina.

A atitude de Jesus, em face da lei, deve ser descrita como negativa. Os publicanos e os pecadores precedem os escribas e fariseus no Reino dos Céus (Mt 21, 28-32), e os pecadores arrependidos são melhores do que os justos (escribas e fariseus) que não têm arrependimento (Lc 15, 1-10).

As bem-aventuranças não contêm nenhum elogio à observância da lei. O reconhecimento, por parte do Pai Celeste, depende da confissão de Jesus. Assim, Jesus declara-se o Senhor do sábado. O publicano arrependido é perdoado, ao passo que o fariseu justo não o é. Aqueles que se reconhecem pecadores pedem perdão e obedecem a todas as ordens do seu Senhor, são servos inúteis que não fazem mais do que o seu dever, mas o seu Senhor escutará as suas súplicas. Ao contrário dos escribas e fariseus, que apropriam-se da chave do Reino dos Céus, de modo que nem eles entram nem permitem que outros entrem. É necessário que o novo povo mude de atitudes diante da Lei, pois esta, em relação às palavras de Jesus, assemelha-se a “um remendo de pano novo colocado numa roupa velha” ou “ao vinho novo guardado em odres velhos”. Jesus, como Filho do Reino, está livre das obrigações impostas pela lei.

O tratamento que lhe dá aqui não tem nada da maneira rabínica; sua antítese é: “Dizia-se” e “Eu vos digo que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da lei – nem a menor letra, nem qualquer acento”.

Portanto, n’Ele e com Ele todos os que professarem a Sua fé terão a vida salva. Aliás, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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