18 Oct 2010

Somos missionários

Jesus, após ter chamado Seus apóstolos, chama outros setenta e dois discípulos e os convida “para que sejam”; o fazer será consequência. Mas que sejam o quê? Íntimos de Jesus, amigos d’Ele, tenham sua vida mergulhada na vida de Jesus. É daí que nasce a intimidade. Fazer o quê? Quanto a isso não devemos nos preocupar, pois o Senhor nos dirá e nos orientará quanto ao que fazer e como fazer.

Como se não bastasse, o Senhor, além de nos mostrar o que fazer na obra da evangelização, nos capacita e nos presenteia com todos os meios para a missão; meios estes que são os dons, os ministérios, os talentos, os carismas e frutos do Espírito Santo de Deus. A nossa felicidade consistirá em sermos canais de cura, libertação e realização na vida das pessoas; para isso, sermos íntimos de Deus e fazermos, como consequência,  a vontade do Senhor.

Para esta missão tão sublime de discípulos e missionários de Nosso Senhor Jesus Cristo, na qual somos chamados, Cristo nos faz dois pedidos fundamentais, dentre tantos não menos importantes:

Pobreza evangélica: não podemos, diante da missão a nós confiada, nos preocupar, perder a atenção e o foco daquilo que Deus quer fazer por intermédio de nós na vida das pessoas na ação evangelizadora. O missionário precisa ter como única bagagem de missão, como único valor, única riqueza, a vontade de Deus, Sua Palavra e a disponibilidade em servi-Lo. Para isso, não podemos nos prender a nada nem a ninguém, pois tudo nos será dado, tendo em vista que o missionário é digno do seu sustento, do seu salário. A única riqueza precisa ser o Senhor. Aliás, quem precisa muito das coisas de fora é porque muito pouco possui de Deus dentro de si; então o coração precisa buscar fora de si o que não consegue encontrar dentro. Dentro de nós, no mais íntimo de nosso interior, está Deus.

Dê de graça o que recebeste de graça. Na vida tudo é graça, inclusive os encalços e dificuldades que não vêm de Deus, mas que Ele permite para que venhamos a crescer e amadurecer. Crescimento e amadurecimento, eis as maiores graças na vida de uma pessoa. Todos os dons, talentos, virtudes, a própria vocação, tudo isso o Todo-poderoso nos deu. Não porque necessitávamos, mas por pura graça e bondade. Ele nos deu tudo isso para que, através disso, na vocação, pudéssemos ser felizes. Colocando tudo isso a serviço dos outros, eis a certeza de felicidade, de santidade. Como é bom quando nos propomos a servir com gratuidade aqueles que o Senhor nos confia. Isso é evangelizar por excelência.

Para isso, é preciso que reforcemos o caminho: ser (íntimo de Deus e de Sua Palavra, vivendo da providência) e servir (de forma gratuita e alegre, pois de graça recebemos e de graça devemos ser canais da Graça na vida dos irmãos).

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

Pai das Misericórdias

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