Precisamos, nos dias de hoje, testemunhar a presença de Deus no meio de nós pela comunhão solidária, comunhão na caridade
“Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus”(At 4, 33).
Amados irmãos e irmãs, estamos vivendo este tempo de graça, o tempo pascal. Durante esse período, o Espírito de Deus é a nós enviado, é a nós prometido para nos fazer testemunhas.
Testemunha é quem vê ou experimenta algum fato, sobretudo a graça recebida. Nós podemos ser testemunhas, porque vemos a graça de Deus ser realizada na vida de tantas pessoas. Somos testemunhas das pessoas transformadas pelo Senhor, e também porque essa mesma graça age em nossa vida.
E como podemos testemunhar Jesus?
A comunidade primitiva, os primeiros seguidores de Jesus, testemunhavam-No por dois fatores importantes: primeiro, pela unidade, aquela multidão de fiéis era um só coração e uma só alma, tinham um só sentimento de amor a Jesus, de dar a vida por Ele e contemplar o Jesus ressuscitado que estava entre eles.
Podia ter as diferenças, as formas de visões de vida, muitas coisas que não corrigiram entre eles, mas um fato os unia: o amor a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! E aquilo fazia realmente com que a comunidade primitiva fosse unida num só coração. Estavam ali capazes de dar a vida um pelo outro, porque se amavam.
O testemunho da unidade é vivo quando se testemunha também a caridade e, sobretudo, a caridade solidária, porque a Palavra diz também que entre eles não havia necessitados, porque tudo o que tinham colocavam em comum; dividiam os bens que possuíam, vendiam o que tinham e colocavam tudo aos pés dos apóstolos para que fosse suprido a necessidade de cada um.
Como nós precisamos, nos dias de hoje, testemunhar a presença de Deus no meio de nós pela comunhão solidária, comunhão na caridade! Quando vemos em nossas comunidades, em nossos grupos, ao redor de nós, tantas pessoas que passam por necessidades materiais, pessoas vivendo a pobreza extrema, desempregadas, sem ter o que comer ou o que vestir, pensamos: como dar-lhes esperança?
É triste alguém dizer: “O problema é dele!”. Não! Isso é falta de um cristianismo autêntico, é falta de viver realmente aquilo a que somos chamados, aquilo que era a essência do cristianismo nascente: o testemunho pela caridade.
Meus irmãos, não pode haver necessitados entre nós, não pode haver, no meio de nós, quem sofra carência de amor, de alimentos ou de qualquer coisa parecida, porque ser comunidade não é somente o
lugar onde se reza junto, mas lugar onde se testemunha junto o amor a Cristo e o cuidado dos irmãos, sobretudo, os mais necessitados!
Que nós possamos proclamar com atos, prodígios e palavras que Jesus está vivo no meio de nós! Mas o
maior prodígio é viver a caridade na unidade no meio de nós!
Deus abençoe você!