Com a força de Deus, o jejum nos ajuda a romper com a escravidão dos vícios e pecados e a ter disciplina e autocontrole.
“Acaso o jejum que me agrada não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper com todo tipo de escravidão?” (Isaías 58, 6).
No Evangelho de hoje o tema do jejum vem à frente da discussão, porque os discípulos de João perguntam a Jesus por que eles e também os fariseus praticavam o jejum, enquanto os discípulos d’Ele não o praticavam. É como se Jesus lhes dissesse: “não adianta o jejum pelo jejum, é preciso o espírito e a disposição nova para vivê-lo”.
O jejum é a graça de nos desprendermos daquilo que pensamos, fazemos e somos para abraçar o Noivo que chegou. O Noivo é Jesus, Aquele que traz até nós a Sua noiva, que é a Igreja. A Igreja, em Jesus, nos leva ao coração do Pai. Então, com Jesus no meio de nós, nós acolhemos o jejum com alegria e não com espírito de tristeza, que, muitas vezes, essa prática espiritual nos leva a viver.
O jejum é mais do que necessário para moderar nossos impulsos, para termos mais controle sobre nossas ações e para sermos disciplinados. Mas há um tipo de jejum que agrada profundamente o coração de Deus, porque o jejum pelo jejum não nos salva, ele não produz frutos se não ele estiver ligado à libertação do nosso coração. Por isso, quer façamos um jejum mais rigoroso quer o façamos de modo mais simples, essa atitude deve provocar em nós conversão.
O jejum que agrada a Deus é aquele que nos ajuda a quebrar as cadeias injustas e a repararmos as injustiças que cometemos a quem prejudicamos. O jejum deve nos provocar a vontade de desligar as amarras do jugo. Quanto julgamento há entre nós! Muitas vezes, estamos amarrados a pessoas e as pessoas amarradas em nosso coração, porque as julgamos, as rotulamos e as tratamos com indiferença ou com preconceito.
Enfim, o jejum deve fazer romper em nós toda e qualquer escravidão, pois somos escravos dos alimentos e de outros vícios, como a bebida e o cigarro, da sexualidade errada, de comportamentos que não são adequados, da mentira, da fofoca. Enfim, há uma lista enorme de coisas que nos mantêm cativos e escravos, por isso precisamos da força de Deus para romper com o jugo da escravidão, romper com as práticas erradas da nossa vida e permitir que o nosso coração seja livre para amar e para querer bem o nosso próximo.
Deus abençoe você!