Temos que lutar contra o inimigo da nossa fé, aquele que semeia a discórdia, a divisão, a separação e as intrigas no meio de nós
“Revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo” (Efésios 6, 11).
A Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro, quer nos colocar de prontidão na atitude de um soldado, que está atento e revestido das armaduras necessárias para enfrentar o inimigo.
Temos um inimigo declarado, é inimigo da nossa alma, da nossa fé, do nosso coração, da convivência humana e do Reino de Deus.
Precisamos nos revestir para enfrentá-lo [inimigo], porque se não o enfrentamos, ele nos vence e nos derrota. Ele tem muitas manobras, muitas armas de sedução e conhece as nossas fraquezas.
Hoje, me detenho a uma parte muito interessante dessa leitura: “Não é com homens de carne, de sangue que temos que lutar”. Talvez essa seja a grande artimanha do maligno entre nós. Pois estamos lutando uns contra os outros, estamos nos atacando.
Veja, começa no mundo da política, porque a artimanha da política acusa o adversário colocando os erros dos outros, entretanto nunca reconhece ou apresenta seus erros ou de fato quem é, mas quer sempre demonstrar que o outro não presta, não vale nada.
A artimanha usada no mundo da política passa para a raça humana e infelizmente ataca nossas casas, nossas famílias, os menores e os relacionamentos humanos. É triste ver um amigo acusando o outro, ver pessoas que se conhecem há tanto tempo, que tiveram convivências maravilhosas e não se olham porque um culpa ao outro.
É triste ver em nossas casas, em nossas famílias discussões intermináveis. “Você é o culpado e o errado! Você não vale nada!”, e tantas outras acusações que nasce das pessoas umas contra as outras.
Deixe-me dizer a você: Não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar. Temos que lutar contra o inimigo da nossa fé, aquele que semeia a discórdia, a divisão, a separação e as intrigas no meio de nós.
Se é verdade que nos deixamos instrumentalizar por ele, deixamo-nos iludir e enganar por suas artimanhas, tornamo-nos instrumentos do mal. É preciso desarmar aquele que vem semeando o mal no meio de nós.
Revestir-se da força, da armadura e da graça de Deus, revestir-se de nossa fé no espírito de oração, da justiça e da piedade, mas, sobretudo da espada do Espírito que é a Palavra de Deus, para desmascarar as ações terríveis do maligno do meio de nós. Ele quer uma humanidade dividida, um país dividido, uma cidade dividida, uma família dividida, um homem dividido, ele nos quer totalmente divididos. E não quer que tenhamos paz uns com os outros.
Estamos atacando uns aos outros, mas estamos também nos acusando, deixando-nos levar pelo sentimento da culpa. E quando não é pelo sentimento da culpa, estamos nos deixando naquele espírito de repouso da alma, em que não conseguimos reconhecer os nossos próprios limites.
Deus nos quer firmes na fé, fortalecidos no Espírito e guerreiros! Mas nós temos as verdadeiras armas. A primeira delas: deixemos de acusar uns aos outros, deixemos de colocar culpa nos outros por essa ou por aquela situação, não permitamos que o espírito da inimizade, da intriga, da discórdia invada nossos lares e o mundo em que estamos.
Precisamos combater o mal, revestir-nos de Deus e deixarmos que a Sua graça conduza os nossos passos!
Deus abençoe você!