A penitência é o modo de sacrificarmos nosso coração com atitudes, para que encontremos a luz de Deus e nossa vida mude de rumo
“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas” (Lucas 10, 13).
Jesus está chamando a atenção dessas cidades que não ouviram nem deram atenção a Sua Palavra, não se aplicaram em viver a conversão, a mudança de vida, sobretudo, a penitência do coração.
Quando digo que essas cidades não ouviram, quero dizer que há uma grande diferença entre escutar uma coisa, assimilar e aderir aquilo que, de fato, você está ouvindo. Quantas coisas já escutamos por um ouvido e saiu pelo outro! Ou quantas coisas nem passaram por nossos ouvidos!
Estamos, muitas vezes, ouvindo a Palavra de Deus, mas simplesmente fazemos corpo mole, comportamo-nos com indiferença e até concordamos: “Nossa, que bom! É Deus falando a mim, ao meu coração!”. Mas não damos a devida importância a essa Palavra ou permitimos que ela venha, de fato, transformar, converter e mudar o nosso coração.
Ai de nós, que temos a graça e a oportunidade de ouvirmos Deus falar tanto ao nosso coração! Ai de nós, que nos enchemos tanto de conhecimento, enchemo-nos tanto disso e daquilo de Deus, mas o coração fica indiferente e não se importa de deixar que Ele nos converta!
Toda conversão passa pelo caminho da penitência, algo importantíssimo em nossa vida. E o que é penitenciar-se? É deixar de fazer aquilo que não nos faz bem para procurarmos o caminho que será o melhor para nós. Não quer dizer que ‘penitência’ é só deixar de fazer coisa errada, mas é o modo de encontrarmos o caminho para direcionarmos nossa vida. A penitência é o modo de sacrificarmos nosso coração com atos, atitudes, para que encontremos a luz de Deus, para que a nossa vida mude de rumo.
Há penitências de palavras, há penitências no coração, penitências físicas e corporais. Enfim, precisamos, muitas vezes ou todos os dias, encontrarmos um meio de penitenciarmos a nossa vida. Primeiro, pelos nossos pecados. Segundo, pelos pecados da humanidade, sobretudo, para que a cada dia nossa conversão seja verdadeira, autêntica, e não sejamos simplesmente ouvintes da Palavra de Deus. Temos de ser, de fato, aqueles que escutam a Palavra do Senhor e se deixam por ela convencer e converter!
Deus abençoe você!