02 Nov 2014

A morte é a porta de entrada para a bem-aventurança em Deus

Nós não estamos celebrando a morte como o fim, pois a fé nos dá a convicção de que a morte é a porta de entrada para a bem-aventurança eterna e feliz ao lado de Deus!

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais” (João 11, 25-26).

Nós hoje celebramos todos os fiéis falecidos, todos os homens e mulheres que viveram uma vida conosco e já partiram para a casa de Deus. Celebramos a nossa fé, baseada naquelas três virtudes teologais muito importantes: a fé, a esperança e a caridade.

Primeiro: nós cremos que o Nosso Deus é o Senhor da vida e não da morte. Nós não estamos celebrando a morte como o fim, pois a fé nos dá a convicção de que a morte é a porta de entrada para a bem-aventurança eterna e feliz ao lado de Deus!

Segundo: nós celebramos a esperança. Não podemos viver sem esperança, sem saber em quem esperar e em quem depositar a nossa esperança. É em Deus em quem nós esperamos, esperamos encontrar os nossos que já partiram, esperamos viver para sempre ao lado do Senhor, esperamos ser purificados dos nossos pecados, sermos lavados na imensidão da Sua misericórdia e participarmos para sempre da feliz bem-aventurança junto a Deus Nosso Senhor!

Terceiro: nós hoje também celebramos a caridade. Quando vamos ao cemitério, quando vamos à Missa, quando prestamos homenagens, preces e orações pelos nossos entes queridos que já faleceram, sobretudo por aqueles que ainda esperam na porta de entrada do céu, que se chama purgatório, onde estão sendo purgados, isto é, purificados dos resquícios de pecado e de impureza que ainda têm da vida terrena, nós contribuímos, ajudamos, colaboramos para aquilo que nós chamamos de comunhão dos santos. A comunhão entre a Igreja que está aqui, que está no céu e a Igreja padecente no purgatório.

A melhor maneira de exercermos a virtude da caridade no dia de hoje é visitarmos o cemitério ou a igreja e rezarmos pelos nossos entes, amigos, pessoas queridas já falecidas, e as recomendarmos sempre à misericórdia de Deus. “É, pois, santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”, diz o Livro dos Macabeus.

Que o dia de hoje não seja um dia de tristeza, nem um dia de nos entregarmos à depressão! Muito pelo contrário, é dia de celebrarmos a fé e a esperança por maior que seja a saudade. Quem já viu um ente, uma pessoa querida sair desta vida e ir para a eternidade, saiba que hoje não é dia de más lembranças, por mais que aperte um pouco a dor da saudade, é dia de celebrarmos a fé, a confiança, a certeza da vida eterna!

Que façamos essa comunhão com os nossos que já partiram orando, pedindo por eles e, ao mesmo tempo, cuidando de nossa própria vida para vivermos na santidade, porque um dia nós também iremos ao encontro de Deus!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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