29 Jan 2012

Sirvo a um Deus vivo que liberta

O Senhor Jesus, durante Seu ministério terreno, orou por muitas pessoas perturbadas por espíritos imundos. Muitas vezes, expulsou demônios de pessoas religiosas, frequentadoras das reuniões nas sinagogas, como aquela mulher que havia dezoito anos sofria de paralisia. O espírito de enfermidade foi repreendido e a mulher tornou a andar de forma correta (cf. Lc 13,10-17).

No texto deste 4º Domingo do Tempo Comum, encontramos a narrativa da expulsão de um espírito impuro na sinagoga. É o início de uma série de conflitos de Jesus com o rígido sistema religioso judaico e com sua ideologia de superioridade. O conflito final se dará no confronto com as autoridades máximas no Templo de Jerusalém.

Na narrativa, há quatro menções ao ensino de Jesus. Com Seu ensinamento novo, Cristo causa admiração por Sua prática libertadora da doutrina legalista, elitista e excludente dos escribas, a qual se apossa dos fiéis como um espírito impuro. Jesus, que a todos ensina por meio de Sua prática, toca os corações com Seu amor misericordioso e acolhedor, expulsando deles aquele espírito impuro e libertando-os. É a mudança que vem pela Palavra libertadora e que orienta para uma nova prática nas comunidades.

A libertação é uma necessidade da Igreja, pois todos os que buscam Deus estão à procura de um socorro, seja a cura de uma doença ou enfermidade, seja o livramento de um vício, de uma perturbação, medo, depressão, angústia, ou de qualquer outro mal. Ao entrar em uma igreja, o necessitado precisa encontrar o alívio que veio buscar, ter um verdadeiro encontro com Deus.

A beleza do lugar, a liturgia ou qualquer dos atributos da Igreja devem ser coisas a ser contempladas após a libertação. Só os verdadeiramente libertos podem louvar ao Senhor de todo o coração. Não se pode dizer: “Sirvo a um Deus vivo que liberta” e viver perturbado, tendo visões de vultos e a doença como uma constante na vida. É bom lembrar também que todo aquele que busca a bênção de Deus deve crer que Ele existe (cf. Hebreus 11,6), pois “tudo é possível ao que crê” (cf. Mc 9,23); porém, a Igreja deve crer e aceitar a promessa do Senhor e buscar vivê-la.

A expulsão de demônios não é tão somente um ministério como alguns afirmam que seja, trata-se, na verdade, do primeiro passo na obra de libertação, está incluído no “ide e pregai” (cf. Mc 16,1). É uma ordem e não um pedido ou um ato facultativo a alguns que creem. É uma ordem taxativa. Ordem esta que é cumprida por todos aqueles que estão qualificados no critério “crê em mim”. Temos observado inúmeras pessoas que viviam doentes, tristes, depressivas, oprimidas, serem libertas após a oração da fé.

Os espíritos malignos convulsionam, caem por terra, são dominados e finalmente expulsos em nome do Senhor Jesus Cristo. O poder de Deus está onde há pessoas que creem, os demônios se manifestam diante do poder do nome de Jesus. Muitas vezes, mesmo antes da chamada “oração forte” feita com fé e em nome de Jesus, a libertação é necessária porque é certo que os males provêm de espíritos malignos, portanto, expulsos os demônios, o homem pode caminhar para grandes e poderosas bênçãos de Deus, o nosso Pai.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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