02 Jul 2016

Que saibamos penitenciar nosso coração

A vida é assim: há dias em que precisamos de recolhimento, precisamos penitenciar o coração

“Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão” (Mateus 9,15).

O jejum é símbolo de sacrifício, de penitência, mas também de luto. A vida é assim: há dias em que precisamos de recolhimento, precisamos penitenciar o coração. Há momentos em que precisamos estar mais dentro de nós e outros em que precisamos fazer festa com a vida, celebrá-la. Há dias em que estamos comemorando a vida que nasce, e que alegria é uma nova vida que chega, o nascimento, o batizado, o nosso aniversário ou das pessoas que queremos bem! Mas há dias em que choramos, porque o outro está doente ou ficamos mais resguardados, porque estamos com dor na alma, no coração, passando por momentos difíceis.

Precisamos ter uma postura para cada tempo, não valem os extremos da vida, não podemos transformar a festa do outro em um luto, não podemos querer que todo mundo faça luto por nossas lutas e dificuldades. Precisamos ter uma nova postura diante das situações do mundo!

Há dias em que não estamos bem, mas nos esforçamos para nos alegrar com aqueles que estão se alegrando, para não tirar a alegria dos outros. Há dias em que estamos muito mais animados e festivos, mas sabemos que temos de nos comedir, fazer-nos solidários àquele que sofre, à dificuldade que o outro está vivendo, ao luto que aquele está passando e assim por diante. Em outras palavras, há um tempo para cada coisa, há um momento para ser vivido; e nós precisamos saber viver cada momento da vida e não fazer dela aquela coisa taxativa, onde tudo é dentro da Lei.

Há dias em que queremos fazer jejum e nos programamos para jejuar, porque é sexta-feira, mas se estamos comemorando a vida do outro, a vitória do outro, a conquista do outro, não há problema nenhum em nos alegrarmos com ele. Do mesmo modo, se quisermos nos exaltar, mas soubermos que o outro está vivendo dias difíceis, podemos jejuar, fazer luto e viver a compaixão com o sofrimento dele.

Que Deus nos dê o discernimento para fazer nova todas as coisas, para não sermos tão apegados às Leis, aos rituais; mas, acima de tudo, que saibamos em tudo viver a caridade!

Deus abençoe você!

repensando-a-vida

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