10 Dec 2007

NUNCA VIMOS COISAS ASSIM Lc 5,17-26

O encontro de Jesus com o paralítico de Cafarnaum constitui o tipo e modelo de todo encontro dEle com os homens. Por certo, não é suficiente que Jesus tenha vencido o pecado e que a Igreja exerça em seu nome o poder de perdoá-lo.

Manifestou-se o duplo poder de Deus na pessoa de Jesus que ensinava às multidões. Dentre a multidão, encontravam-se líderes religiosos do judaísmo que vieram de todos lugares para espioná-lo. Jesus é o homem de cujo poder livra o homem da morte física e daquela espiritual.

Ora, vejamos o que vai acontecer. Diante de um paralítico que lhe é apresentado, mediante o estranho artifício de ser descido por um buraco no telhado, Jesus anuncia o perdão de seus pecados, simbolizado pela libertação da paralisia. No judaísmo, era considerado pecado qualquer falta de observância às centenas de preceitos e mandamentos da Lei. Apenas sacerdotes do Templo tinham o poder de remover os pecados, por meio de ofertas dos fiéis. Jesus subverte esta ordem. O perdão dos pecados agora é vivenciado nas comunidades, onde vigora o amor pleno e misericordioso.

É preciso que o homem esteja disposto a converter-se, isto é, a abandonar definitivamente o mal e voltar, continuamente, a Deus por meio de uma fé viva que se converta em ações concretas, como foi a ação do paralítico que, embora auxiliado pela comunidade, creu em Jesus.

Quero ressaltar ainda a importância da comunidade para nós, os cristãos. É necessário que o cristão permaneça o tempo todo ligado à comunidade e viva com ela, e nela, as várias expressões da sua fé e, sobretudo, com maior ênfase, a celebração da Eucaristia, a Fonte e Cume de toda e qualquer ação litúrgica.

Pai das Misericórdias

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