16 Apr 2013

Cultivemos a fome pelo pão do céu

No texto de ontem, João terminava com a resposta de Jesus: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Apesar do milagre da multiplicação dos pães – e de tantos outros sinais – ainda assim o povo O interroga: “Que sinal realizas para que possamos ver e crer em Ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. Ante esta atitude, chegamos à conclusão de que mesmo pedindo a Jesus o pão do céu, a multidão não desejava mais do que pão terreno para esta vida e a fome daqui.

Não será, muitas vezes, a nossa atitude diante de Jesus? Quando vamos à Santa Missa, quando rezamos em nosso grupo de oração, em casa, na adoração, no terço… O que pedimos a Deus por meio de Jesus? Pão do céu ou terreno?

Quando o Senhor nos chama a fazer qualquer coisa de grande novidade, nasce sempre em nós alguma resistência, desviando a nossa atenção para não assumirmos o risco que isso implica. Então, resmungamos, reclamamos e pedimos que Ele nos dê provas da sua ação na nossa vida: “Que milagre o Senhor vai fazer para vermos e crermos no Ti? O que é que o Senhor podes fazer?”

Mas, Jesus não se assusta diante disso; Ele nos conduz, pacientemente, a colher e a gostar da beleza e do “pouco” que Ele sempre nos oferece. É como se dissesse: “É verdade que Moisés recebeu grandes dons, mas aquilo que o Pai vos quer dar agora, em Mim, é infinitamente maior. Trata-se do pão que Deus dá. Do pão que desce do céu e dá vida ao mundo”.

Jesus revela em nós o desejo interior de recebermos o seu dom, ainda que não compreendamos o fim e a profundidade do seu conteúdo e das suas implicações. É o que acontece na Eucaristia: se nos aproximamos dela para nosso alimento, não é porque a compreendamos totalmente, mas porque o Senhor nos fez descobrir que, nela, Ele nos dá o Seu amor.

Ele próprio diz: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e quem crê em mim nunca mais terá sede e o pão de Deus é o que desce do céu para dar a vida ao mundo”.

Meu irmão, apesar da nossa vida estar sujeita a tantas fomes e misérias, apesar de muitas pessoas não quererem ouvir falar de vida melhor para além desta, eu o convido a pedir ao Senhor não o pão deste mundo, mas o que desceu do céu; sobretudo, a dizer como o salmista: “Em vossas mãos, Senhor, entrego a minha vida” em troca dessa que o Senhor me oferece.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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