09 Sep 2011

Alinhe sua vida aos princípios da Palavra de Deus

Estamos diante de mais uma parábola que se refere aos que espiritualmente não veem nada, dos que se encontram doentes por causa do pecado, mas que se julgam sãos e em condições de julgar, orientar e guiar os outros que acham estar também doentes. Por isso, Jesus chama-nos à atenção: “Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco”.

Para que possamos sair da condição de cegueira e sermos guias dos outros precisamos, em primeiro lugar, nascer de novo e nos expor à Palavra de Deus dia a dia, pois é ela que nos limpa e nos abre os olhos sobre nossos erros.

Também é importante que tenhamos pessoas maduras e verdadeiramente espirituais ao nosso lado, que nos ajudem a ver o que ainda não conseguimos devido à nossa imaturidade. Veja o que diz o Mestre: “Nenhum discípulo é mais importante do que o seu mestre. Porém, quando tiver terminado o discipulado, este será igual ao seu mestre”.

Se é verdade que o meu e o seu Mestre é Jesus, então não temos outro caminho a tomar, nem outro fim, senão ser iguais a Ele. Você tem de passar pelo processo de Deus na sua vida, nascendo de novo, batizando-se nas águas e crescendo a cada dia com a ajuda do ensino da Palavra de Deus e do discipulado. Busque um coração humilde, sempre disposto a aprender e a corrigir os próprios erros.

Querer conduzir os outros sem conhecer a Pessoa de Cristo – que é o Caminho, a Verdade e a Vida – será uma “tragédia após tragédia”. As consequências dessa situação serão desastrosas também para o que está sendo guiado. Além de não chegar ao destino desejado, não se conseguirá solucionar os problemas do dia a dia para os quais os princípios da Palavra de Deus apresentam resposta e direcionamento. E como se não bastasse, ambos poderão sofrer prejuízos espirituais, emocionais, físicos, materiais, familiares – para não falar da própria morte.

Portanto, alinhe a sua vida aos princípios da Palavra de Deus, colocando à prova os seus caminhos para ver se eles se mantêm na Verdade.

Assim como os fariseus e as autoridades religiosas da época julgavam as pessoas em geral por seus pecados, estando eles próprios carregados de orgulho e avareza – e totalmente desprovidos de amor e compaixão – hoje o caso se repete quando você e eu, sem conhecer, nem mais nem menos nos colocamos julgando os outros e deixamos os nossos pecados de lado. E então, Jesus não querendo dizer que o povo não tinha pecados a ser confessados, mas, sim, afirmar que a religião fria e, às vezes, até cruel daqueles homens, para Deus, se constituía numa falta mais grave do que o argueiro nos olhos do povo, volta para mim e para você e nos censura: “Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão”.

Não julgue nem condene as pessoas que se encontram em prováveis situações de erro. Guarde o seu coração da crítica ou das palavras de acusação contra o seu semelhante.

Trate primeiro do próprio pecado e de suas debilidades, para depois, com compaixão, poder ver, de fato, e lidar com as dos outros. Muitas vezes, por falta de misericórdia, por nossos corações sempre estarem cheios de julgamentos e condenações e, por outro lado, por nunca sabermos lidar com os próprios erros e nunca chorar pela nossa indiferença, até nos virmos necessitados do favor e da Misericórdia Divina, somos cruéis para com os outros porque nos julgamos sem pecado e acima de qualquer suspeita.

Saiba primeiro lidar sincera e honestamente com a sua fraqueza e os seus pecados antes de estar na condição de ajudar a outras pessoas. Sem essa atitude interior, corremos o risco de nos endurecermos em nossos erros, a ponto de não vê-los mais, além de nos tornarmos insensíveis em relação às fraquezas do próximo. Lembre-se de que os fracos julgam e condenam enquanto os fortes, porém, compreendem e perdoam.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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