21 Dec 2010

Aprender com Maria a alegria na caminhada

Estamos cada vez mais próximos da festa do Natal. Deixemo-nos iluminar pela luz de Deus e por Sua Palavra, pois é ela que nos sustenta e nos inspira sempre. Por isso, o povo de Sião canta de alegria e se rejubila. Isabel compreendeu que Deus fazia comunhão com o povo pobre e esquecido e por isso entendeu a saudação de Maria.

Alegremo-nos profundamente. Nada de tristeza, porque Deus está conosco! Ele é o Emanuel que sempre está no nosso meio.

As narrativas sobre a infância de Jesus deixam perceber a Sua origem humilde, numa casa pobre em Nazaré, longe de Jerusalém e de qualquer outra grande cidade onde se concentram as elites privilegiadas. Por outro lado, no Evangelho de Lucas, os paralelos feitos entre João Batista e Jesus são elaborados de maneira a destacar a primazia deste em relação àquele. Na época em que Lucas escreveu, o movimento dos discípulos de João Batista era expressivo e se mantinha à parte do movimento dos discípulos de Cristo. Com o destaque dado a Jesus, procurava-se trazer os discípulos de João para as comunidades cristãs.

Na narrativa de hoje, vemos o encontro de duas mulheres: Maria, esposa de um operário de Nazaré, na Galileia; e Isabel, esposa de um sacerdote do templo de Jerusalém. Contudo, o critério de “status” social é esvaziado. É a jovem e pobre mulher da Galileia que é bendita entre as mulheres, trazendo em seu ventre o Senhor, comunicador do Espírito Santo.

Duas mães de idades diferentes encontram-se em um único hino de louvor a Deus. Para Maria, o motivo do encontro é o desejo natural de comunicar o grande acontecimento que ela conhece, prestar auxílio a quem está em necessidade e reconhecer o sinal dado pelo Senhor por intermédio de Isabel, inserindo-se, assim, no grande plano de Deus.

A Santíssima Virgem compreende e age. Sua adesão à vontade de Deus e sua obediência não traduzem preguiça e dificuldade, mas sim alegria e decisão.

Quem segue Deus e está cheio de Seu Espírito caminha de coração alegre, de ânimo aberto, mesmo por estradas fatigantes. Nossa Senhora nos ensina isso nesta sua viagem em direção à região montanhosa onde Isabel vivia, e ao entrar na casa da prima e saudá-la, esta logo fica cheia do Espírito Santo. Imediatamente, dois mistérios acontecem: Deus entra no “cronos” e transforma-o em “Kairós”. A maternidade da Virgem Maria é o mistério de sua grandeza pessoal pela fé, na força e no poder da Palavra de Deus. A fé de Maria contrapõe-se à nossa incredulidade. Deste modo, no início do aparecimento da salvação, mostra-se a fé como uma adesão à Palavra, que anima e dá fé, chama e beneficia, gera e cria uma nova vida.

Padre Bantu Mendonça K. Sayla

Pai das Misericórdias

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