24 Feb 2023

Viva a prática do jejum com simplicidade

“Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão” (Mateus 9,15)

Novamente, voltamos ao tema da prática do jejum, essa forma de penitência que era comum na tradição judaica. Contudo, o profeta Isaías nos adverte de que nada adianta o jejum ser vivido como uma simples prática externa sem piedade, sem o sincero desejo de orientar a nossa vida para Deus. Não adianta fazer o jejum somente como uma prática externa!

E Deus nos fala, pela boca do profeta, que o jejum que Ele deseja deve nos conduzir ao fim das injustiças e a praticarmos a caridade, repartindo o pão com os necessitados.

O verdadeiro jejum é o que nos leva a amar mais o próximo e a Deus, saindo de nós mesmos. É a oração dos sentidos; rezamos não somente com as palavras, mas rezamos também com os nossos sentidos e com o nosso corpo. E aí, São Pedro Crisólogo vai dizer que o jejum só dá fruto se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. Ou seja, o que é a chuva para a terra, é a misericórdia para o jejum.

Não adianta fazer o jejum somente como uma prática externa

Jejum e misericórdia; o jejum praticado com simplicidade e sinceridade nos ajuda a compreender o dom de Deus, nos ajuda a compreender que nós somos criaturas e que somos necessitados da Sua presença. Fomos criados por Deus e nada neste mundo pode satisfazer o nosso coração plenamente, nada neste mundo pode preencher o nosso interior plenamente, a não ser a presença do Noivo, a presença de Deus.

Experimentar a fome com o jejum nos recorda que só Deus é o verdadeiro alimento e que d’Ele provém todos os bens. A prática do jejum nos recorda que só a presença de Deus irá nos satisfazer plenamente. Por isso que os amigos do Noivo, enquanto estão com Ele, não têm necessidade de jejuar; ao passo que quando o Noivo for retirado, aí sim deveremos jejuar para recordar que a pior de todas as ausências não é a ausência do alimento, mas sim a ausência de Deus.

Que, agindo com misericórdia, possamos tornar fecundo a prática do jejum, nos recordando sempre que só Deus sacia o nosso interior plenamente!

Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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