20 Feb 2022

Seja capaz de dar a vida pelo próximo

“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: ‘A vós, que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica’” (Lucas 6,27-29).

O cristianismo toca a liberdade da pessoa, toca a nossa liberdade; ele não existe para fazer homens e mulheres “bonzinhos” (poderíamos dizer), capazes de realizar alguns atos de caridade. O cristianismo existe para fazer pessoas capazes de um amor extremo, um amor exigente, um amor radical, um amor capaz de dar a vida. Basta partirmos de Cristo, Nosso Senhor, olhar para a vida de tantos santos na história da Igreja que foram capazes de colocar em ato, em prática, o que é, de fato, cristianismo. Então, o cristianismo não nos faz somente pessoas muito caridosas, mas precisa nos fazer pessoas capazes de dar a vida uns pelos outros.

A exigência é superar aquele amor de respostas: alguém faz por mim, eu também faço. O desafio é amar quem não me ama ou quem fez algum mal contra mim. Precisamos nos libertar daquele nosso amor doente ou libertar o nosso amor, porque, senão, ele vai viver a vida toda prisioneiro da gratificação, da troca, da recompensa, do destinatário fácil, de amar só quem é cômodo para mim, só amo aqueles que são convenientes. Nosso amor vai adoecendo, nosso amor vai se acostumando dessa maneira, e precisamos libertar o nosso amor dessas doenças.

O cristianismo existe para fazer pessoas capazes de um amor extremo, um amor capaz de dar a vida

Renunciar aquele mecanismo: ação-reação. Ama-me? Eu também amo. Fala bem de mim? Eu também falo bem. Rejeita-me? Eu também rejeito. Comportamento esse muito longe do Espírito de Cristo, muito distante daquilo que é o verdadeiro Espírito de Cristo.

O texto nos diz: “bofetada”, “tomar o manto”. O cristão não pode ser jamais um tolo, e ele não é um tolo, um bobo; ele tolera, é diferente! Do latim, “tolere” é um dos significados: levar, roubar; o cristão não se apega a nada, nem à própria vida. Ele é capaz de deixar que levem alguma coisa ou até a sua própria vida por causa do Seu amor a Cristo, o cristão não está apegado a nada, nem à própria vida.

O cristianismo é um modo de viver, é um modo de amar e de fazer escolhas. Essa é a vida de Cristo que precisa tocar a vida de cada um de nós.

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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