25 Oct 2013

O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós

O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós, ele age conforme a fraqueza, conforme o “buraco” que ele mesmo foi cavando dentro de nós.

“Com efeito, não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim” (Rm  7,19-20)

Quem de nós já não desejou fazer o bem, já não fez propósitos e teve vontade de realizar as coisas justas e corretas; de viver uma vida honesta, segundo a vontade de Deus, direcionada por Deus e guiada por Sua Palavra.

Nós nos propomos, muitas vezes, a ser mais silenciosos, mais meditativos e contemplativos, a viver mais em oração, a não brigar mais uns com os outros, a não dizer desaforos nem a fazer desavenças. Mas parece que existe uma força estranha agindo em nós. Alguém me disse assim: – “Quanto mais eu faço bons propósitos, mais parece que eu caio, mais parece que eu cedo, mais parece que a força do mal toma conta de mim!”.

Isso acontece com todos nós, meus irmãos e minhas irmãs, que estamos na caminhada com Deus. Dentro de nós há o desejo do bem, a vontade de fazer o bem, dentro de nós há este grande propósito de querer acertar sempre, mas existe uma força que, às vezes, parece até ser maior que nós. É uma força que enfraquece a nossa vontade, enfraquece os nossos desejos, nos seduz e nos mantém, muitas vezes, presos, cativos. Essa força se chama pecado.

O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós, ele age conforme a fraqueza, conforme o “buraco” que ele mesmo foi cavando dentro de nós. Assim, ele vai nos deixando presos a ele. A fraqueza de alguns é o temperamento: se aborrecem e perdem a paciência por qualquer coisa. Algumas vezes dizem assim: – “Padre, queria tanto ser paciente com os meus filhos! Queria ser paciente com meu marido, mas qualquer coisa que ele me diz já me irrita”. Para outros, a fraqueza é a língua, a pessoa não quer falar mal de ninguém, mas quando menos percebe já está novamente fazendo isso.

O pecado também pode nos levar pela fraqueza da carne, pelas impurezas, pelas desordens nos pensamentos e nos sentimentos. E, assim, uns mais, outros menos, o pecado vai enveredando por nossa vida. Dificultando a luta de muitos que querem parar de beber, de fumar, de largar as drogas.

Em todos esses casos parece que há uma força maior nos dominando. A Palavra de Deus, meditada hoje, está nos convidando a reconhecermos a força do pecado que existe no meio de nós, a força do pecado que exerce um fascínio em nossa vida. Não o estou convidando a esmorecer; não, pelo contrário, é apenas para que nós meditemos sobre isso e ninguém se ache pronto, ninguém ache que não vai mais cair ou que não vai ter mais esta ou aquela fraqueza.

Enquanto estivermos vivos, meus irmãos, mantenhamos a vigilância, porque Deus nos libertou, mas o pecado nos ronda e é por isso que temos de nos manter humildes, para termos forças para combater o mal.

Deus abençoe você!

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