31 Jan 2017

Levemos nossas aflições até Jesus

Levemos até Jesus não só as nossas dores e aflições, mas olhemos para o meio em que vivemos e vejamos quantas pessoas estão sofrendo

“Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” (Marcos 5,23).

Hoje, estamos contemplando duas pessoas vivendo situações difíceis, extremas e aflitivas em suas vidas. Primeiro, é um pai de família que está vendo sua filha praticamente morta e não sabe o que fazer com ela. É Jairo, um dos chefes da sinagoga. Com todo poder que ele tem, não é capaz de fazer nada por sua filha. Ele corre atrás de Jesus, vai pedir socorro.

Do outro lado, enquanto Jesus está no caminho, uma mulher que sofre de hemorragia crônica também se aproxima d’Ele. A situação dela é muito dramática, pois há doze anos ela sofre desse mal; e não pense que é simplesmente uma hemorragia, mas são todas as consequências que esse mal traz para a vida dela. Durante esse período em que ela viveu a hemorragia, foi tida como impura. Uma vez que está impura, não pode se aproximar das pessoas nem as pessoas podem se aproximar dela.

Quando a mulher passa por isso quatro ou cinco dias no mês, tudo bem! Mas imagine uma pessoa no estado crônico, vivendo assim por doze anos. Ela não pode se aproximar de ninguém e também não podem se aproximar dela.

Ser marginalizado, viver à margem, viver distante dos outros é muito sofrido, é, de fato, uma penúria para a alma, para o coração, para a condição humana. Aquela mulher precisa de um socorro, de um auxílio, precisa aproximar-se e ser tocada. Precisa ser novamente reinserida no mundo, na sociedade, na convivência com as pessoas.

O olhar misericordioso de Jesus se volta para essas duas criaturas humanas: um pai de família desesperado, aflito, mas tendo a confiança de que Jesus pode fazer algo por ele; e a uma mulher que está sofrendo e tem a confiança de que, mesmo não podendo, sua fé a leva até Jesus.

Cristo se compadece deles, compadece-se dos nossos sofrimentos, das nossas aflições. Jesus se compadece de tantos que vivem em nosso meio com profundas aflições no corpo, na alma e no espírito.

Quem vai olhar para o que eu estou sofrendo e passando? Eu sei que preferimos contemplar apenas o milagre: a filha de Jairo, que levanta e volta a viver; ou essa mulher que é curada, a sua hemorragia é estancada, porque ela foi ousada na fé. Porém, muito mais ousada é a misericórdia de Jesus, que não conhece limites, não conhece pessoas de acordo com a sua vida social e assim por diante. É a misericórdia que chega aos corações mais aflitos. Jesus é aquele que tem misericórdia de nós, é aquele que se compadece de nossas dores e sofrimentos.

Levemos até Jesus não só as nossas dores e aflições, mas olhemos ao nosso lado, para o meio em que vivemos. Quantas pessoas estão sofrendo penúrias, aflições terríveis na alma e no espírito! São perdas terríveis, mães desesperadas, que não sabem o que fazer com seus filhos perdidos no mundo das drogas, do álcool ou em tantas situações; pessoas muitas vezes com doenças incuráveis, doenças crônicas e tantas aflições. Não podemos permitir que elas caiam no desespero.

Jesus é por nós, Ele é luz, consolo e compaixão. Precisamos ser presença confortadora, animadora, consoladora de Jesus em meio às aflições das pessoas que estão ao nosso lado, no mundo em que estamos. Precisamos ser para elas o que Jesus é para nós, precisamos levar o consolo e o conforto para o coração dos outros!

Deus abençoe você.

Pai das Misericórdias

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