24 Oct 2011

Jesus é o único capaz de libertar aquele que se encontra cativo

O Evangelho de Lucas traz uma mensagem universal, global, anunciando Jesus como o Salvador do mundo; mas faz isso usando de uma linguagem e estilo literário regionais.

As parábolas de Jesus são organizadas no Evangelho de Lucas de forma a compor um todo doutrinário, que pode melhor ser compreendido a partir do entendimento da cultura da época.

Entre os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar. Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade? Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.

Durante dezoito anos, aquela mulher encurvada estava toda semana na sinagoga, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema. Hoje, temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos.

O versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam junto com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma palavra de autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava e, logo em seguida, tocou-a e ela se endireitou e glorificou a Deus.

O Mestre a contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo e a chamou para frente, para a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e, diante de todos, libertou-a de todo seu tormento.

Em seguida, os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus a defendeu. A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe, muitos têm se levantado contra a sua vitória, mas creia que Jesus, no momento certo, lhe defenderá diante de tudo e de todos. Você será justificado pelo Bom Mestre.

No versículo 6, Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “filha de Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas Satanás a havia escravizado.

Não é apenas Satanás quem faz as pessoas se curvarem. O pecado (Salmo 38,6), a tristeza (Salmo 42,5), o sofrimento (Salmo 44,25), entre outros, também podem ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!

Ao final da história, no último versículo, havia duas classes de pessoas: os envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher.

Talvez você, em alguma área da sua vida, esteja encurvado. Não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, somente olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas quando Jesus chegou, Ele mudou tudo. Quando o Senhor chega, o inferno tem que se render diante do Seu grande poder. Quando Ele chega, os inimigos têm que recuar e saírem envergonhados.

Meu irmão, minha irmã, este é o seu dia. Este é o seu momento! Levante-se, erga a cabeça e tome posse do milagre! Jesus está lhe dizendo: “Você está curada. Vá em paz”.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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