21 Apr 2022

Faça uma experiência com Cristo Ressuscitado!

“Naquele tempo, os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”. Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: ‘Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho’. E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos” (Lucas 24, 35-41).

 

Vejam: Jesus está no meio de nós, Ele está no meio dos Seus discípulos. Jesus está conosco! O Ressuscitado quer se fazer enxergar, Ele quer se fazer sentir. Jesus quer que os seus discípulos experimentem a força da sua ressurreição. E essa realidade não pode ser teórica, pois precisa ser experiencial: eu e você precisamos fazer a nossa experiência com o Ressuscitado.

Eu e você somos capazes, pela força do Ressuscitado, de ler e compreender o mistério da sua ressurreição

O espanto é a primeira reação diante da ressurreição: os discípulos experimentaram isso na carne, eles pensaram que Jesus fosse um fantasma, ou seja, uma criação da mente. Nós sabemos muito bem o que é um fantasma porque a nossa mente é muito criativa. E nós, desde a nossa infância, temos os nossos medos interiores, os nossos terrores, os nossos assombros. Somos capazes de criarmos os nossos “fantasmas”. E os discípulos também criaram esse fantasma: imaginaram Jesus de uma maneira totalmente diferente daquela que estavam acostumados a conviver. 

A vida quando é repleta de alegrias, de coisas boas, muitas vezes, nos causa espanto, porque nós, infelizmente, nos acostumamos muito com as notícias ruins, com a vida dura, aquela vida pesada, aquele fardo… E, assim, somos habituados a reproduzir isso. Então, quando a alegria bate à nossa porta, sobretudo uma alegria gratuita, uma alegria ao improviso, ela nos causa esse incômodo. 

Agora, Jesus quer mostrar como é concreto o que nós vivemos no Domingo da Ressurreição, Ele quer mostrar aos seus discípulos a concretude realmente daquilo que aconteceu no Domingo de Páscoa. E o que que Ele faz? Ele quer comer com seus discípulos; Ele se deixa tocar pelos seus discípulos para mostrar que a alegria da ressurreição tem uma consistência factual, aquilo não é criação da mente deles, não é imaginação, não é uma coisa qualquer (como muitos dizem por aí), mas é um evento, tem uma consistência, é possível tocar em Jesus. Ele está no meio dos seus discípulos, Ele come com os seus discípulos. Não é apenas sentimento, não é apenas imaginação.

A pessoa precisa receber Jesus Cristo na sua totalidade, a pessoa, enquanto ser humano, filho de Deus, precisa tocar na experiência do Ressuscitado. A Páscoa não é imaginar algo bom, e sim encontrar o Cristo; a Páscoa não é só desejar coisas boas para as pessoas, é encontrar o Cristo e partilhar a vida d’Ele com os nossos irmãos.

Diz a Palavra que Jesus abriu a inteligência dos seus discípulos para que compreendessem. E Jesus, na verdade, faz isso, pois Ele abre a nossa inteligência. A palavra inteligência vem de “intus legere”, que quer dizer: “ler dentro”. Eu e você somos capazes, pela força do Ressuscitado, de ler e compreender o mistério da Sua ressurreição, a partir de dentro do nosso coração, pois aí está Cristo Ressuscitado.

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. 

Amém!

 

 

 

Pai das Misericórdias

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