19 Jun 2022

Cristo quer de você uma resposta completa

Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou? Eles responderam: ‘Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou’”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus” (Lucas 9,18-20).

Meus irmãos e minhas irmãs, neste domingo, temos aqui uma pergunta inquietante: “Quem é Jesus para nós?”. Pedro responde em nome de toda a comunidade: “O Cristo de Deus”, mas essa resposta vai lhe custar muito, porque, nessa resposta, ainda existem alguns elementos a ser purificados. Mas a pergunta que Jesus coloca não é uma pergunta de “curioso”, não é uma pergunta justamente que denote uma pesquisa.

Jesus não está preocupado com a opinião pública, isso aqui não é uma pesquisa. Sabemos que, muitas vezes, muitas pesquisas por aí enganam e enganam muito! Jesus não está preocupado com pesquisa de opinião pública.

Jesus está conduzindo os Seus discípulos, a mim e a você, a algumas conclusões, porque nós precisamos tirar algumas conclusões, precisamos analisar também o nosso caminho espiritual, a nossa vida, e também chegar a algumas conclusões. Elas são necessárias!

Jesus parte das multidões, das multidões vai aos Doze, e vai pessoalmente ao coração de cada um de nós. Existe aqui o que nós poderíamos chamar de um “afunilamento” do discipulado. Jesus está apertando os Seus discípulos justamente para que eles passem do conceito de multidão, de povo, para uma resposta pessoal, para uma resposta que, justamente, interpele o coração pessoalmente a uma adesão, a uma adesão pessoal, a uma adesão mais profunda, a uma síntese pessoal daquilo que é Jesus na nossa vida. Precisamos fazer isso.

Precisamos fazer uma experiência pessoal com Ele para que, de fato, a nossa resposta seja inteira

Jesus não pode ser, na nossa vida, jamais um guru, uma espécie de guru, porque Jesus é diferente, Ele é mestre que forma para a autonomia, Ele é mestre que forma para a liberdade. E por isso Jesus coloca essa pergunta no meu e no teu coração, para que eu e você respondamos a Ele: “Tu és o Cristo”, “Tu és o Senhor da minha vida”, “Tu és o centro”, e nós caminhemos de uma forma livre e autônoma.

É fácil responder sobre a vida dos outros, mas quando devemos olhar para nossa vida, precisamos dar essa resposta pessoal a nosso Senhor. Hoje, a resposta pessoal ainda precisa ser questionada mais profundamente.

Como eu disse, aquela resposta de Pedro: “Tu és o Cristo”, precisou passar ainda por um processo de purificação, porque, muitas vezes, nós dizemos com os nossos lábios: “Jesus Cristo é o Senhor”, “Jesus Cristo é o Filho de Deus”, “Jesus Cristo é o nosso Salvador”, “É o único mediador entre Deus e os homens”.  Todas essas são afirmações muito louváveis, mas elas podem conter alguns erros, alguns equívocos.

É preciso submetê-las ao Cristo, é preciso justamente passar essas nossas respostas pelo elemento experiencial com o Cristo. Eu e você precisamos fazer uma experiência pessoal com Ele para que, de fato, a nossa resposta seja inteira, ela seja completa.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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