03 Sep 2018

Sejamos profetas em nossa própria casa

Procuremos ser bons profetas dentro da nossa casa, pois, mesmo que não sejamos acolhidos, ninguém pode nos impedir de amar

“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lucas 4,24).

O Evangelho de hoje mostra Jesus voltando para Nazaré, a cidade que Ele cresceu e viveu. Não vou dizer que era a cidade natal d’Ele, porque Ele nasceu em Belém, mas toda Sua vida foi desenvolvida em Nazaré. Ele estava vivendo em Cafarnaum e todos conheciam seus milagres e bênçãos. Tudo aquilo que Ele realizava foi questionado: “Por que não realiza agora o bem e tudo aquilo que realizas em Cafarnaum?”. A partir disso, veio o famoso e conhecido provérbio que diz que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. Quando Jesus disse isso, Ele não estava afirmando que tem de ser assim, porém, na prática tem sido assim. A Palavra de Deus precisa mudar aquilo que os homens estabeleceram como prática de vida.

Precisamos ser profetas em nossa pátria, em nossa casa, na nossa família e no meio de nós. A prática tem sido mal vivida e, muitas vezes, temos sido bons para os de fora, para os de longe, para os que estão distantes, mas não somos profetas em nossa casa. Precisamos ser profetas com a vida. O profeta testemunha com a vida aquilo que ele acredita, por isso, na casa, na família, no trabalho, onde ele está, precisa profetizar com a vida, dando bons exemplos e boas práticas.

Muitas vezes, conseguimos ter paciência com todo mundo lá fora, então, sejamos profetas da paciência em nossa casa e no meio dos nossos. Pode ser que, na nossa casa, não consigamos pregar a Palavra de Deus com maestria, mas preguemos com a vida.

Recordo-me, agora, de São Antônio de Pádua: “Cessem as palavras e falem as obras”. Se não podemos dar muitas palavras para mudar as nossas responsabilidades de casas e famílias, jamais podemos deixar de testemunhar em nossa casa, a vivência evangélica e o Evangelho que acreditamos e queremos viver. Por isso, é importante ser profeta em nossa casa.

Profeta não é aquele que vive pregando em casa, porque, às vezes, o excesso de pregar e falar leva os nossos a esmorecerem, desanimarem ou criarem repulsa pela fé que nós temos. Muitas vezes, é contraditório o que falamos com aquilo que fazemos. É preciso procurar criar a boa empatia no meio dos nossos.

A boa empatia acontece quando nós testemunhamos, por isso é preciso tomar cuidado com o azedume e a amargura que criamos no meio de nós por causa das diferenças no modo de crer e de ver o mundo.

Procuremos ser bons profetas dentro da nossa casa, pois mesmo que não sejamos acolhidos, ninguém pode nos impedir de amar uns aos outros. Isso tem que começar dentro do nosso lar.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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