08 Aug 2015

O amor divino exige de nós disposição

Não há lição, não há necessidade e não há coisa mais importante para nós do que, todos os dias, nos abrirmos para a disposição de amar o Senhor, nosso Deus, de todo o nosso coração.

“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6, 4-5).

Quem chega a Israel ou à casa de algum judeu, facilmente, encontrará na porta uma expressão que se chama “shemá” ou “shemá, Israel”, uma expressão muito significativa para um judeu e quer dizer justamente o que a leitura de hoje nos diz: “Ouve, escuta, Israel!”.

Os verbos “ouvir” e “escutar” têm um significado muito profundo. Primeiramente por ser um chamado de Deus e exige a resposta do homem a alguém que o chama.

A surdez não está somente em ter a capacidade de escutar, mas a surdez maior é a falta de capacidade de interpretar e responder àquilo que ouvimos ou ao que somos chamados. Por isso, a cada dia é o próprio Deus quem chama a atenção de Israel e de cada um de nós!

O discípulo do Senhor, a cada dia, coloca os seus ouvidos. E “colocar os ouvidos” quer dizer colocar o coração, colocar a vontade, colocar o ser para poder escutar o Senhor, nosso Deus. Ouvidos atentos, corações colados ao coração de Deus para escutá-Lo falar a nós; falar ao nosso coração, falar à nossa vontade e ao nosso ser. E então o próprio Senhor nos dá a direção.

O verbo “ouvir” é ligado ao verbo amar: “Amarás o Senhor, teu Deus”. De que forma? “Com todo o coração, com toda alma e com todas as forças” (cf. Dt 6, 4-5). Se fizermos isso, o amor de Deus estará gravado em nós e ele há de nos sustentar em todos os caminhos da vida.

Não há lição, não há necessidade e não há coisa mais importante para nós do que, todos os dias, nos abrirmos para a disposição de amar o Senhor, nosso Deus, de todo o nosso coração. Algumas vezes, nós nos desviamos para a direita, para a esquerda, para frente, para trás, e não deixamos de amar a Deus, mas começamos a amar outras coisas mais do que a Ele, ou colocamos o amor divino em segundo plano ou não amamos a Deus com a intensidade com que o nosso coração precisa e deve amá-Lo.

O amor exige de nós toda a nossa disposição interior, toda a disposição da nossa vontade, da nossa inteligência, da nossa capacidade; amor sublime, amor inteiro. Não se ama a Deus pela metade, só de cabeça, só de coração ou só de palavras.

Ama-sea Deus com a integridade do nosso ser! Se começarmos a ouvi-Lo e a amá-Lo de todo o nosso coração, Ele permanecerá em nós e nós permaneceremos n’Ele!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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