15 Mar 2019

Busquemos sempre a graça da reconciliação

A reconciliação verdadeira acontece quando procuramos ver e reaver os pensamentos que se perderam por falta de entendimento

Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão” (Mateus 5,23).

A Palavra de Deus que vem, hoje, ao nosso encontro provoca em nós profundas reflexões a respeito das nossas relações com o próximo, principalmente, em relação aos sentimentos negativos que, muitas vezes, tomam conta de nós.

Quem de nós nunca sentiu raiva? Quem de nós nunca se sentiu encolerizado, chateado e magoado com situações negativas que vivemos com o outro? Muitas dessas reações nos levam a nos fecharmos, a dizermos palavras duras – muitas vezes, pior do que duras –, palavras pesadas e malditas, palavras que, uma vez soltas, destroem os laços humanos.

A Palavra de Deus que vem hoje ao nosso encontro é uma palavra de restauração, purificação e reconciliação. Precisamos purificar o que está dentro de nós, cortar da nossa vida as palavras pesadas e malditas, os palavrões, xingamentos e as discussões cada vez mais duras que existem nas casas, nas famílias, onde um diz palavras pesadas para o outro e essas palavras se tornam malditas.

Jesus está dizendo: “Quem chamar o seu irmão de ‘Patife…’”, mas chamamos o irmão de coisas piores, de patife, de tolo e assim por diante. Precisamos purificar as palavras que saem da nossa boca em relação ao nosso próximo.

Quem se encolerizar, quem tiver raiva do seu irmão será réu em juízo. Não devemos ter muitas sentenças no juízo eterno de Deus para nos absorvermos. Precisamos, a cada dia da nossa vida, trabalhar as nossas cóleras, os ímpetos da nossa alma, porque não só matamos o outro com a nossa raiva como vamos também morrendo aos poucos por tantas raivas que acumulamos dentro de nós.

Precisamos trabalhar o interior, para que a alma seja mais serena para lidar com as negatividades dos relacionamentos. O ponto principal do Evangelho é a reconciliação. Não pense que o mais importante, quando vamos procurar Deus, seja levar a nossa oferta, porque a oferta sem um coração reconciliado não tem valor nenhum.

Nos exercícios que vivemos nesta Quaresma, dediquemos um tempo precioso, importante, sério e verdadeiro para buscarmos a graça da reconciliação. Não nos reconciliemos apenas confessando os pecados.

A reconciliação verdadeira é quando procuramos ver e reaver os pensamentos que se perderam por falta de entendimento, sobretudo, quando faltou humildade, quando o orgulho tomou conta dos relacionamentos.

Precisamos rever a forma como estamos vivendo e levando na vida essas situações. A misericórdia que nos perdoa é a mesma que nos impulsiona a vivermos reconciliados uns com os outros.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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