16 May 2011

Jesus, o Bom Pastor, manifesta a ternura do Pai

Jesus nos responde “Eu sou o Bom Pastor”. Entendamos na palavra “bom” o sentido de “modelo a ser seguido”. E então teremos a resposta certa. Jesus é o modelo de pastor, o Pastor ideal.

O verdadeiro pastor é aquele que presta o seu serviço por amor e não por dinheiro. Ele não está apenas interessado em “cumprir o contrato”, mas em fazer com que as ovelhas tenham vida e se sintam felizes. Sua prioridade é o bem das ovelhas que lhe foram confiadas. Por isso, ele arrisca tudo em benefício do rebanho e está, até, disposto a dar a própria vida por elas, porque as ama. Nele as ovelhas podem confiar, pois sabem que ele não defende interesses pessoais, mas os interesses do seu rebanho. Você que é presidente, governador, político, bispo, sacerdote, diácono, consagrado, catequista, casado, pai – e assim por diante – como tem sido um bom pastor para as ovelhas que lhe foram confiadas por Deus?

O bom pastor dá a sua vida. Ouvimos bem claro hoje Jesus dizendo isso para nós. Isso requer que estejamos conscientes da nossa tarefa, do nosso dever. Lembro a você que ao dar a vida, Jesus está consciente de que não perde nada. Quem gasta a vida ao serviço do projeto de Deus, não perde a vida, mas está a construir – para si e para o mundo – a vida eterna e verdadeira. O seu dom não termina em fracasso, mas em glorificação. Para quem ama, não há morte, pois o amor gera vida verdadeira e definitiva.

O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. Jesus se apresenta como o Bom Pastor, modelo de pastor ideal em polêmica com os sumos sacerdotes e mestres da Lei, denunciando o modo como o povo era tratado por seus líderes. Diferentemente do mercenário, como bem nos escreve João, que não se importa com as ovelhas, Jesus é aquele que vive para os Seus. Ele conhece e dá a Sua vida para que tantos tenham vida. Por isso, o Pai O ama e concede a Ele o poder de tirá-la e recebê-la. “Ninguém tira a minha vida, Eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi do meu Pai” (Jo 10,18).

Essa missão é marcada por uma relação pessoal e íntima com as ovelhas, conhece a cada uma, fruto do amor-doação. Mas, ao mesmo tempo, não se limita às fronteiras de Israel: “Tenho também outras ovelhas…”. Seus cuidados de Pastor destinam-se a levar vida a todos os povos da terra.

Em Jesus realiza-se a ação do Pai, n’Ele e por Ele a Salvação chega ao universo, como Lucas reconhece nos Atos dos Apóstolos: “Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”.

Em Jesus recebemos o grande presente do Pai: somos todos considerados filhos de Deus. Desta consciência deve nascer toda a nossa alegria e esperança. Se o mundo em que vivemos nos revela que perdeu o seu sentido de ser, estando entregue à violência, à corrupção exagerada e ao consumismo desenfreado, nós – eu e você – temos o grande compromisso de nos empenharmos nesta luta por ver triunfar, neste mundo, o amor.

A entrega de Jesus não é um “acidente” ou uma “inevitável fatalidade”, mas um gesto livre de alguém que ama o Pai e ama os homens e escolhe o amor até as últimas consequências. O dom de Cristo Ressuscitado é um dom livre, gratuito e generoso. Em Sua decisão de oferecer livremente a vida por amor, manifesta-se o Seu amor pelo Pai e pelos homens.

Neste dia, louve e agradeça a Deus porque Ele é bom, pois, em Jesus – o Bom Pastor – manifesta-se a ternura do Pai que quer nos conduzir.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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