14 Dec 2007

A QUEM EI DE COMPARAR ESTA GERAÇÃO? Mt 11,16-19

A quem ei de comparar esta geração?

Depois de Jesus ter exaltado a pessoa de João Batista, agora Ele se volta para a multidão e lhes dirige uma pequena e rústica parábola das crianças nas praças. O Senhor reconhecia em João Batista um profeta que abria novos caminhos em face da rígida e opressora religião do Templo de Jerusalém e das sinagogas. Jesus se fez discípulo de João, recebendo seu batismo e, depois, Ele próprio, inicia seu ministério com o mesmo anúncio do Batista: “Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Na elementar parábola narrada por Jesus, um grupo de crianças tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou tristeza, porém o outro grupo os rejeita. Então, o próprio Jesus passa a explicá-la.

João Batista fez seu anúncio da conversão, de maneira austera, nas regiões desérticas do Jordão, e foi acusado de “ter um demônio”. Jesus, por sua vez, anunciando a chegada do Reino dos Céus de maneira simples e comum, no meio do povo, comendo com os pecadores e publicanos, é chamado de “comilão e beberrão”. Os chefes religiosos, que vêem em João e em Jesus uma ameaça ao seu poder, procuram difamá-los diante do povo. Porém, o povo, excluído e oprimido, reconhece a sabedoria da mensagem de Jesus e a recebe com alegria e esperança.

Mas que gente difícil aquela, a quem Jesus fora enviado! Eles haviam recusado a sabedoria de Deus, que primeiro se apresentara no ascetismo de João e depois a condescendência de Jesus para com os pecadores e excluídos do seu tempo. Corremos o risco de dizer isto para os do tempo de Jesus. Não será que Jesus nos está dirigindo também a mesmíssima mensagem?

Vivemos tempos muito fortes em críticas, muitas vezes, infundadas; sem pés nem cabeça. E, como ontem, Jesus continua insistentemente dizendo: “Com quem vou comparar esta geração?” Ele se apresentou aos homens com uma nova mensagem: mensagem do amor, da paz, da justiça, da partilha, da solidariedade, da reconciliação e, sobretudo da misericórdia. Mas não foi compreendido e acolhido.

Só os simples, os humildes, os disponíveis, os amigos da verdade a Ele aderiram, reconhecendo n’Ele o ponto de chegada de toda a lei e os profetas. Os outros, principalmente os chefes do povo, puseram-se contra Ele e o rejeitaram. Todavia, por ser forte, soube compreender os fracos e os reerguer, dando-lhes uma nova dignidade de viver entre os irmãos. Se, enquanto fracos, condenavam os outros, agora, fortalecidos por Cristo e com Cristo, eles devem perdoar para que permaneçam sempre fortes. Já que os fracos condenam e os fortes perdoam.

Peçamos a Jesus que nos ensine a perdoar para sermos a geração dos fortes, a fim de suportarmos as fraquezas dos mais débeis como nos ensina São Paulo. E que São João da Cruz, cuja memória celebramos no dia de hoje, ajude-nos e interceda por nós para que saibamos suportar os sofrimentos e, neles, descubramos o mistério da cruz de Cristo, que é a fonte da nossa Salvação.

Pai das Misericórdias

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