13 Dec 2010

Quem lhe deu essa autoridade?

Jesus confunde os chefes, pois era grande a aceitação de João Batista entre o povo, que o havia reconhecido como um homem de Deus. Reconhecer o caráter divino do batismo de João Batista implica  reconhecer o caráter divino de Jesus, anunciado por João. No templo, aqueles homens achegam-se a Ele e lhe fazem a mais torpe pergunta quando Ele estava ensinando o povo: “Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu esta autoridade?” (Marcos 11, 28-33). Negaram-se a tirar a conclusão a que chegou o governante judeu Nicodemos, quando disse a Jesus: “Rabi, sabemos que tu, como instrutor, tens vindo de Deus; pois, ninguém pode realizar esses sinais que tu realizas, a menos que Deus esteja com ele” (cf João 3,1-2ss).

Jesus podia ter dito aos Seus desafiadores: ‘Deixem que as minhas obras falem por si!’ Depois de mais de três anos em Sua carreira pública, os principais sacerdotes e os anciãos tinham muitos sinais em que se basear para chegar a uma conclusão correta sobre a identidade do Senhor e Seu direito de realizar milagres e ensinar a verdade a respeito do Reino de Deus. Eles simplesmente eram orgulhosos demais para aceitar toda a evidência que Deus lhes fornecia para provar que Cristo era o prometido Messias.

Quando os principais sacerdotes e os anciãos perguntaram a Jesus: ‘Quem te deu esta autoridade?’ Ele não faz uma pergunta abstrata, mas lhes diz: “Também eu vos pergunto uma coisa. Se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João, donde se originou? Do céu ou dos homens?” (Marcos11, 29ss). O relato acrescenta: “Mas eles começaram a raciocinar entre si mesmos, dizendo: ‘Se dissermos: “Do céu”, ele nos dirá: “Então, por que não acreditastes nele?” Se, porém, dissermos: “Dos homens”, temos a multidão para temer, porque todos eles consideram João como profeta” (id. 31-32). De modo que disseram a Jesus, em resposta: “Não sabemos”. Ele, por sua vez, disse-lhes: “Tampouco eu vos digo com que autoridade faço estas coisas” (id. 33).

A lição que podemos tirar deste texto bíblico é de não deixar que o poder no mundo nos coloque em prova e então façamos mil e uma perguntas sobre o motivo desta ou daquela outra terrível situação que acontece conosco. Mas sim tendo fé, esperança e confiança em Cristo, que está por vir tenhamos vida plena.

Padre Bantu Mendonça K. Sayla

Pai das Misericórdias

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